O Programa de Desfibrilhação Automática Externa (PDAE), implementado em 2017, visa reforçar a cadeia de sobrevivência para vítimas de paragem cardiorrespiratória nas áreas públicas do concelho. Desde o início do ano, conta com um incremento significativo de capacidade de resposta, com 12 novos desfibrilhadores espalhados por vários pontos do concelho.
Nas últimas semanas, foram instalados equipamentos em locais como a Praia da Galé, Parque do Ribeiro, Branqueira, Estrada das Fontainhas, Praia dos Olhos de Água, Estrada das Açoteias, Rossio, Almeijoafras (Paderne), Estrada de Albufeira, Estrada de Vilamoura, Centro Educativo do Cerro do Ouro e Espaço Multiusos de Albufeira, informa o Município numa nota divulgada.
O investimento da autarquia em equipamentos deste tipo faz de Albufeira o concelho com mais DAE (Desfibrilhador Automático Externo), de natureza comunitária, em termos absolutos a nível nacional.
No início de 2025, contavam-se já um total de 62 DAE integrados no Programa PDAE Comunitário, colocando o concelho à frente dos demais municípios portugueses com equipamentos de DAE instalados na via pública.
Este investimento, que ronda os 100 mil euros anuais, é também o maior registado em território nacional. Atualmente, considerando apenas o seu Programa DAE, Albufeira possui na sua área geográfica, cerca de 14 equipamentos por cada 10 mil habitantes, um número significativamente superior à média nacional, que situa numa média de 4 equipamentos pelo mesmo número de pessoas, realça a nota.
O presidente da Câmara Municipal, José Carlos Rolo, sublinha que "com este Programa DAE, Albufeira investe efetivamente na capacitação da população e no socorro comunitário, visando a proteção da vida humana”. O autarca refere ainda que “o Município alcançou um nível de excelência a nível nacional, pois a disponibilidade destes equipamentos para a população, estabelece um compromisso com uma comunidade mais resiliente".
Além da aquisição e instalação dos equipamentos, a autarquia refere que tem investido fortemente na formação e capacitação da população, realizando cursos em Suporte Básico de Vida (SBV) com DAE destinados aos munícipes. Até ao momento, mais de 1.400 pessoas encontram-se integradas no programa como socorristas de proximidade, um número que representa cerca de 3% da população residente no concelho.
Ao longo dos últimos 2 anos, têm ainda sido realizados exercícios de simulacro, com o objetivo de testar a funcionalidade do programa, quer em termos de meios humanos e no que respeita à componente tecnológica, assim com na simulação dos tempos de resposta. Estes exercícios têm demonstrando a eficácia do programa e a utilidade dos equipamentos DAE na via pública e nas instalações municipais.
De forma a agilizar os tempos de resposta a emergências médicas, o PDAE de Albufeira está conectado diretamente às forças de segurança e de socorro, que recebem informação sobre a ativação dos equipamentos em tempo real. Tanto os Bombeiros de Albufeira como a GNR e a Polícia Municipal, são entidades protocolados para responder prontamente às ocorrências, e dispõem de veículos motorizados equipados com DAE disponíveis em permanência.
Cláudia Guedelha, vereadora com o pelouro da Proteção Civil assume que "Albufeira é uma cidade resiliente e este programa DAE é um dos pilares que suporta o esforço da autarquia para tornar a cidade cada vez mais segura, em resposta a eventos de doença súbita, por paragem cardiorrespiratória”.
Além da população civil, também as associações desportivas, IPSS e motoristas de táxi têm operacionais formados pelo PDAE, e participam numa ampla cobertura de resposta à ativação das cabines em caso de emergência.
O vice-presidente da Câmara Municipal, e vereador responsável pelo pelouro do Desporto, Cristiano Cabrita, destacou que “o PDAE teve um peso relevante na escolha de Albufeira como Cidade Europeia do Desporto em 2026, devido à rede de equipamentos DAE nos espaços desportivos e parques urbanos, e ao sistema de alerta dos operacionais”.
Desde a implementação do programa, ocorreram já vários casos de sucesso. Em 2021, um jovem português de 21 anos foi salvo por um destes equipamentos, tendo o mesmo sucedido no caso de um jovem irlandês de 27 anos, em 2024. A existência dos equipamentos de via pública foi essencial para a intervenção rápida e reversão da paragem cardiorrespiratória das vítimas.
