Ambiente

Águas do Algarve assina acordo com várias entidades para gestão e preservação do aquífero Campina de Faro

 
Para a empresa Águas do Algarve, (AdA) a crescente pressão sobre os recursos hídricos, intensificada pelas mudanças climáticas e pelo aumento das atividades económicas onde se inclui as atividades agrícolas, turísticas, consumo humano, golfes, espaços verdes públicos e privados, entre outras, "torna a proteção dos aquíferos numa prioridade urgente e inadiável".

Em comunicado, a empresa lembra que estes reservatórios subterrâneos representam uma das principais fontes de água potável e de suporte à biodiversidade, "desempenhando um papel fundamental na regulação dos ciclos hidrológicos e na preservação dos ecossistemas" e chama a atenção de que os aquíferos são também vulneráveis, sujeitando-se a contaminações e a sobre-exploração, "fatores que podem comprometer a disponibilidade de água para as gerações futuras na região algarvia".
 
É neste contexto, que a Águas do Algarve se uniu a outras empresas e organizações ligadas à proteção dos aquíferos, assinando um acordo pioneiro que visa implementar medidas de monitorização, preservação e gestão responsável dos aquíferos. 
 
A assinatura do acordo de colaboração para a proteção e utilização do subsistema Vale do Lobo no aquífero Campina de Faro, teve lugar a 29 de outubro em Loulé, na Biblioteca Municipal, juntando a  Águas do Algarve, APA Algarve, Câmara Municipal de Loulé e a CCDR-antiga DRAP-Alg, na definição e implementação dessas medidas que permitam a proteção e a utilização sustentável do aquífero.
 
A Águas do Algarve revela que entre as medidas previstas a implementar, está o tratamento das águas residuais na ETAR de Vale do Lobo para descarga na Ribeira do Cadouço e o tratamento das águas residuais na ETAR da Quinta do Lago, para descarga na Ribeira do Corgo da Gondra, bem como o licenciamento da produção de água para reutilização (ApR) da ETAR de Vale do Lobo e da  ETAR da Quinta do Lago para rega de campos de golfe, jardins associados e jardins de uso público.
 
Este acordo surge como uma iniciativa do projeto eGroundwater (2020-2024; financiado pelo programa PRIMA Horizon 2020), coordenado pelo ISEG- Universidade de Lisboa e UALG.