Após a implementação de uma unidade de produção para autoconsumo com recurso a painéis fotovoltaicos nas Piscinas Municipais de Albufeira, o Município decidiu dar início à execução de medidas de eficiência energética, com o objetivo de reduzir a emissão de CO2 para a atmosfera.
São duas intervenções que implicam um investimento superior a 315 mil euros, sendo que está a decorrer uma candidatura a fundos comunitários, aprovada no âmbito do PO CRESC Algarve 2020, que se estima comparticipe a operação em 28.475 euros.
De acordo com nota da Câmara de Albufeira, a empreitada prevê a colocação de uma unidade de autoconsumo de energia por painéis solares; caldeiras de grande eficiência térmica (condensação) para aquecimento das águas, telas para acondicionamento da água nos tanques, por forma a minimizar o arrefecimento e evaporação da água durante a noite, correção dos isolamentos térmicos nas coberturas e instalação de iluminação de baixo consumo com recurso a luminárias LED.
Com vista a promover o reaproveitamento de águas de lavagem dos filtros das Piscinas Municipais, (um volume médio de 30-35 metros cúbicos/dia) está, também, a decorrer uma empreitada que visa captar a água rejeitada (ApR) nas condutas, que posteriormente é transportada para três reservatórios instalados no local.
De seguida, a água é pressurizada para um hidrante específico, localizado nas imediações do equipamento desportivo. As águas captadas são depois aproveitadas para a lavagem de contentores de resíduos, lavagem de estradas, limpeza urbana e rega de espaços públicos, regista a autarquia.
O sistema tem uma capacidade de armazenamento na ordem dos 100 metros cúbicos. Paralelamente, vai ser instalado um sistema de telegestão que permite, remotamente, coordenar e acompanhar toda a operação. A empreitada foi adjudicada por 129 mil euros e vai ser financiada pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente, no valor de 100 mil euros.
Prevê-se que a obra fique concluída no próximo mês de março.
O presidente da Câmara Municipal de Albufeira destaca a importância das obras, considerando o problema das alterações climáticas e os efeitos da seca extrema que se fazem sentir na região. “É urgente reduzir as emissões poluentes lançadas para a atmosfera, tomar medidas para evitar desperdícios de água e cuidar do nosso planeta para que a qualidade ambiental da nossa casa comum melhore, porque esta é a herança mais importante que podemos deixar aos nossos filhos”, afirma José Carlos Rolo que sublinha que esta tem que ser uma das principais preocupações dos municípios que têm que tomar medidas eficazes para combater o problema.