O homem detido hoje pela Polícia de Segurança Pública (PSP) por ter agredido uma técnica de reinserção dos serviços prisionais em Faro na quarta-feira, provocou também danos nas instalações daquele serviço estimados em cerca de 700 euros, revelou a polícia.
O recluso em liberdade condicional fugiu depois de agredir a funcionária, mas foi detido cerca das 12:00 de hoje, tendo sido indiciado por um crime de ofensa à integridade física qualificada, quatro crimes de ameaça agravada e um crime de coação agravada, especificou a PSP em comunicado.
Em comunicado, a PSP indicou que a ação do suspeito “caracterizou-se por uma elevada violência dirigida aos funcionários” em serviço, com agressões praticadas com recurso a um pé-de-cabra”.
A funcionária agredida sofreu lesões corporais e teve de receber tratamento hospitalar.
O agressor, além de ameaçar outros funcionários, provocou também danos nas instalações, cujo valor foi estimado em cerca de 700 euros, indicou a polícia.
Segundo a força policial, o homem, em situação de liberdade condicional desde 02 de setembro, tem vários antecedentes criminais violentos, tendo sido condenado por diversos crimes e cumprido várias penas de prisão.
Entre os crimes, estão os de violação, violência doméstica, ameaças agravadas, injúrias agravadas, ofensas à integridade física grave e roubo, lê-se na nota.
Fonte do Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (STDGRSP), que acompanha o caso, disse à Lusa que o homem foi detido quando se dirigia à delegação regional de reinserção social de Faro, onde tinha agredido a técnica e onde tinha combinado um encontro com um outro membro da equipa de reinserção.
Segundo disse esta manhã o presidente do STDGRSP, Miguel Gonçalves, o homem, "muito violento e agressivo", entrou na delegação regional de reinserção social de Faro arrombando a porta da entrada com um pé de cabra, agrediu a técnica na perna e tentou agredir a coordenadora na cabeça, mas não acertou.
O representante dos trabalhadores reiterou que estes serviços necessitam “urgentemente” de segurança e recordou que, no mês passado, houve uma agressão idêntica em Évora.
“Somos técnico mal pagos e agora ainda nos sujeitamos a ser espancados”, ironizou Miguel Gonçalves.
O sindicato voltou a “lamentar a inércia” da DGRSP e acusou o organismo de “desconhecer por completo a realidade dos serviços, tomando decisões tardias” e limitando-se a “reagir sem qualquer proatividade”.
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais é o organismo responsável pela prevenção criminal, execução de penas, reinserção social e gestão dos sistemas tutelar educativo e prisional.
Segundo a PSP, o detido vai ser presente ao tribunal na sexta-feira para ser ouvido em primeiro interrogatório judicial e aplicação de eventuais medidas de coação.
Lusa