Cultura

Afonso Dias canta Jacques Brel em Alcoutim

Ana Gouveia photo
Ana Gouveia photo  
A Biblioteca Municipal Carlos Brito (Casa dos Condes), em Alcoutim, recebe Afonso Dias, no próximo sábado, dia 25 de janeiro, pelas 16h00, para recordar Jacques Brel em mais de 60 minutos de canções, num espetáculo que tem entrada gratuita.

Conforme explica nota da Câmara de Alcoutim, Afonso Dias é um músico, cantor, poeta, ator e encenador português nascido a 13 de agosto de 1949. Militou contra a ditadura do Estado Novo, e cantou nos anos 60 e 70 em sessões a solo ou ao lado de Zeca Afonso, Francisco Fanhais, Samuel, Pedro Lobo Antunes, Pedro Barroso e muitos outros.

No âmbito do teatro, frequentou, nos anos 60 e 70, ações de formação teatral com Costa Ferreira, Carmen Dolores e Rogério Paulo.

Conjuntamente com Fausto, José Mário Branco e Tino Flores, foi, em 1974, um dos fundadores do GAC – Grupo de Acção Cultural, no qual participou na produção e na gravação de três LP e oito EP, e em centenas de espetáculos ao vivo entre 1974 e 1978.

Em 1979, gravou o seu primeiro álbum a solo, intitulado “O que vale a pena”, com músicas de sua autoria e poemas seus e de Hélia Correia e José Fanha.

Foi deputado à Assembleia Constituinte pela UDP em 1975/76 e é um dos signatários da Constituição da República que votou favoravelmente a 2 de abril de 1976.

Em 14 de Abril de 2016, foi-lhe conferido o título de deputado honorário pela Assembleia da República. Há dezenas de anos que canta e diz poesia, no país e pela Europa – Alemanha, Holanda, França, Inglaterra, e também no Brasil.

É membro do Conselho Consultivo da AJA – Associação José Afonso.

As apresentações de Afonso Dias, regra geral, são temáticas ou dedicadas a autores ou a temas específicos.

Jacques Brel (1929 — 1978) foi um autor de canções, compositor e cantor belga francófono. Esteve ainda ligado ao cinema de língua francesa. Tornou-se internacionalmente conhecido pela música “Ne me quitte pas”, interpretada e composta por ele.

Jacques Brel, o poeta da canção de amor e amargura, de ironia e sarcasmo; Brel o compositor inspirado e o intérprete único; Brel o homem generoso, fraterno e atento; Brel, o belga, que cantou os sentimentos do mundo: “Ne me quittes pas”, “Les vieux”, “Quand on a que l’amour”, entre outras.