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A inteligência artificial e a saúde mental

A inteligência artificial e a saúde mental
A inteligência artificial e a saúde mental  
Foto - rawpixel.com / Freepik
Um dos objetivos da inteligência artificial (IA) é melhorar a qualidade de vida e a saúde mental da população.

Ao longo dos últimos anos, a IA tem conhecido diversos avanços em áreas distintas, sendo que, na saúde mental, também se destacam algumas ferramentas importantes que podem fazer toda a diferença na qualidade de vida das pessoas de várias idades.

A Universidade da Califórnia publicou um estudo em 2019 com algumas dicas que podem suportar a utilização da IA na saúde mental e, apontou como vantagens a

identificação de condições psicológicas em estado inicial; e, consequentemente, a aplicação de intervenções mais eficazes, tendo como centro da sua ação a prevenção do suicídio.

De acordo com os investigadores, a Inteligência Artificial está a desenvolver as seguintes competências:

• Aplicativos e  chatbots cujo objetivo é estudar e evitar a depressão.

• Criação de robôs com inteligência artificial para evitar a solidão nos idosos.

• Com dados precisos, o profissional de saúde mental pode recorrer à IA para melhor ajustar a terapia e a medicação a cada paciente;

• Os chatbots ou aplicativos disponíveis, fornecem conteúdos terapêuticos específicos, monitorizam o paciente e detetam alterações de humor que podem conduzir ao suicídio, mas que, identificadas a tempo, podem ser revertidas;

• A IA está a ser preparada para suportar os profissionais de saúde mental com ferramentas precisas e orientadas para a formação, mas também para apoiar o trabalho de prevenção no que toca a transtornos mentais;

• A inteligência artificial analisa grandes quantidades de dados. Ao processar variáveis sociais, hábitos de vida, condições médicas, genéticas e neurológicas, oferece informações relevantes que ajudam a compreender as doenças mentais.

• É uma grande aliada para diagnosticar precocemente grande parte dos transtornos mentais.

De acordo com um  trabalho publicado na revista Pervasive and Mobile Computing, a IA deteta sintomas de ansiedade com mais de 92% de eficácia. No entanto, é evidenciado que, a IA não está a ser equipada para substituir o trabalho de um psicólogo ou psiquiatra, mas sim, estará ao serviço destes profissionais para lhes facilitar o trabalho e garantir melhores resultados.

A introdução da inteligência artificial no atendimento psicológico será progressiva, mas as áreas em que será mais relevante são a análise de dados, o diagnóstico e a prevenção.

A revista The Lancet. Digital Health destaca o papel do psicólogo como determinante para estabelecer uma relação empática, próxima e humana com outra pessoa, pelo que, até ao momento, pensa-se que, o futuro da IA vai passar pelo suporte destes profissionais e não pela sua substituição, pelo que a cargo da inteligência artificial ficará o diagnóstico e prevenção de doenças mentais.