Segundo Jessica Silva, farmacêutica do grupo Holon, «as vacinas contra a Gripe e a Covid-19 previnem o desenvolvimento de uma doença grave, a necessidade de hospitalização e até a morte em grupos mais vulneráveis».
Num artigo de opinião, lembra que, a Campanha de Vacinação Sazonal de 2024-2025 arranca no dia 20 de setembro. «É a medida mais segura e eficaz de prevenir a Gripe e a Covid-19, daí a sua forte recomendação na população de maior risco. Mas será preciso vacinar-me todos os anos? A resposta é sim e explicamos o motivo.»
O vírus da Gripe (Influenza) está em constante evolução, o que se traduz no surgimento de novas variantes. Isso explica por que razão a vacina da Gripe é atualizada anualmente, sendo crucial uma dose de reforço da vacina todos os anos. O mesmo acontece com o vírus da Covid-19 (SARS-CoV-2). Uma vez que continuam a manifestar-se novas estirpes em circulação, os estudos têm demonstrado que a proteção conferida contra o SARS-CoV-2 diminui ao longo do tempo. «Pelo que, a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 é fundamental para aumentar e prolongar a imunidade do indivíduo», alerta a farmacêutica.
Com a chegada do outono e inverno surgem novas vagas de Gripe e Covid-19. E, por isso, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda a vacinação da população mais vulnerável nas estações do ano em que estas infeções respiratórias são mais comuns. Com uma resposta imunitária adequada, é possível reduzir o impacto destas vagas e, assim, diminuir a procura de cuidados de saúde e a probabilidade de hospitalização, regista.
Nas farmácias, a administração de ambas as vacinas é gratuita para todas as pessoas com idade entre os 60 e os 84 anos e sem registo de reação adversa grave ou hipersensibilidade a nenhuma das vacinas. No caso da vacinação Covid-19, aplicam-se as mesmas condições com o acréscimo de a pessoa ter recebido, numa fase anterior, uma vacina de tecnologia de mRNA (comercializadas pelos laboratórios Pfizer ou Moderna). «A vacinação é importante, por isso não deixe para amanhã o que pode fazer hoje», sublinha Jessica Silva.
«A vacinação protege-nos contra doenças infecciosas graves e potencialmente fatais. Na maioria dos indivíduos, a vacinação é por si só suficiente para não contrair a doença. Mesmo assim, o contágio é possível, mas com a adjuvante de os sintomas serem mais ligeiros e, portanto, sendo raro o aparecimento de complicações graves. Lembre-se, ao vacinar-se está a proteger-se a si e aos que o rodeiam e, assim, a impedir que doenças evitáveis se disseminem na sua comunidade», conclui.