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8 erros que conduzem à obesidade infantil

8 erros que conduzem à obesidade infantil
8 erros que conduzem à obesidade infantil  
Foto Freepik
A obesidade está a crescer no nosso país e, é desde a tenra idade que temos de atuar para a prevenir.

Alterar alguns hábitos e optar por um estilo de vida mais saudável é o primeiro aspeto a considerar quando queremos desfrutar de uma vida mais equilibrada.
 
Tenha em mente que, uma criança não pode, de modo algum, ingerir a mesma quantidade diária de alimentos que um adulto e, engordamos quando consumimos mais calorias do que aquelas que perdemos diariamente.
 
Segundo os especialistas citados na revista da Deco Proteste, o sedentarismo também está fortemente relacionado com a obesidade, pelo que, é imperioso habituar as crianças e jovens à prática diária de atividade física, seja em casa, seja numa modalidade desportiva, seja ao ar livre. Uma caminhada diária de 60 minutos reduz significativamente o risco de aumentar de peso quando conciliada com uma alimentação equilibrada e que respeite a roda dos alimentos.
 
As más escolhas alimentares baseadas em gorduras e açúcares também são um fator de aumento de risco de obesidade, pelo que devemos optar sempre por alimentos baixos em gordura, poucas ou nenhumas frituras, redução significativa de produtos embalados e processados, enlatados e alimentos com prazos de validade aumentados, produtos de charcutaria, refrigerantes, molhos, “fast food”, cereais açucarados, snacks, entre outros da mesma categoria.
 
A quantidade de alimentos que se ingere diariamente também é um ponto fundamental na prevenção da obesidade, uma vez que, consultado um calculador de calorias pela idade, altura e peso, podemos facilmente saber qual é o número recomendado de calorias para cada pessoa, mediante também a atividade física que realiza. Este conhecimento é útil para evitar aumentar o peso e para se manter num registo alimentar adequado à sua composição física.
 
A par destas recomendações, evite estes 8 erros que conduzem à obesidade:
 

1. Saltar o pequeno-almoço

Estudos comprovam que quem toma regularmente o pequeno-almoço corre menos riscos de ter excesso de peso. Muitas crianças recusam-se a tomar a primeira refeição do dia e acabam por “petiscar” ao longo de toda a manhã, o que é um erro alimentar que prejudica a saúde e a dieta.
 
Os pais devem ser criativos, juntar a família à mesa logo de manhã e oferecer uma porção de leite, uma dose de pão de mistura e uma peça de fruta. Ao darem o exemplo, os adultos permitem que os filhos se alimentem de forma mais saudável, preparando-os para um dia cheios de energia.
 
Evite os cereais açucarados e os pães processados, recheados com doce ou cacau.
 

2. Enviar bolachas ou outros snacks para o lanche

Um dos grandes erros é petiscar entre as refeições, especialmente se esses petiscos forem à base de bolachas, aperitivos ou batatas fritas, por exemplo – alimentos com elevado valor energético e baixo valor nutricional. Evite comprá-los.
 
Para combater a fome entre refeições, prepare uma lancheira abastecida com alimentos saudáveis: peças de fruta, iogurtes com pouco açúcar, pão de mistura com um pouco de manteiga, queijo baixo em gordura ou fiambre de peru, mas em pouca quantidade. É crucial habituar o organismo a comer a cada duas a três horas.
 
Divida a quantidade de calorias ingeridas por cinco ou seis refeições:
 
• pequeno-almoço;
 
• lanche da manhã;
 
• almoço;
 
• lanche da tarde;
 
• jantar;
 
• ceia, se necessário.
 

3. Inclua vegetais na dieta diária

É fundamental que habitue os mais novos a consumirem vegetais, para tal, insista, seja criativo, coloque-os a par de alimentos que a criança gosta mais, faça desenhos no prato, pique-os de forma colorida e permita que a criança também dê largas à sua imaginação na sua confeção.
 
Envolva os mais novos na cozinha e mostre-lhes a composição adequada do prato:
 
• metade deve ser preenchida com vegetais;
 
• um quarto com hidratos de carbono (batatas ou arroz ou massa acompanhados de leguminosas);
 
• o restante com proteína (carne, peixe ou ovos).
 
As proteínas devem estar incluídas, tal como as gorduras monoinsaturadas (por exemplo, o azeite). A grande aposta deve ser em legumes, hortícolas, frutas e cereais integrais, tubérculos, leguminosas e frutos secos. E a água é um elemento fundamental para um estilo de vida saudável, pelo que deve consumi-la ao longo do dia. Opte por comer a fruta ao lanche ou depois das refeições.
 
A melhor forma de consumir legumes diariamente é através de saladas e sopas. Substitua a utilização de sal, na confeção dos pratos, por ervas aromáticas ou especiarias (a OMS recomenda a dose diária de cinco gramas de sal). Reduza os fritos e opte pelos cozidos e grelhados.
 

4. Saltar a sopa

Além de ser uma ótima forma de ingerir legumes, a sopa é um excelente meio de saciar, controlar o apetite e melhorar o trânsito intestinal.
 

5. Consumir carne em excesso

O peixe deve ser mais preponderante do que a carne. E a preferência deve ir para carnes brancas (peru, frango ou coelho), em quantidades moderadas. Antes de cozinhar, retire as peles e as gorduras visíveis das carnes.
 

6. Consumo de comida processada

Evite dar às crianças comida processada, com açúcar ou rica em gordura saturada, carnes vermelhas e laticínios gordos, e prefira cereais integrais, fruta, legumes e peixe. Ingira o mínimo de carne possível e corte ao máximo o consumo de produtos industrializados.
 

7. Comer doces

É comum que as crianças dividam doces na escola, que os queiram e apreciem, mas se os consumir muito pontualmente, saberá que é um alimento prejudicial á saúde e que deve ser consumido com moderação. Dessa forma, passa a rejeitar o que lhe oferecem, pede menos e aceita ocasionalmente uma goma ou um rebuçado, chocolate, bolo ou outro.
 
Fale abertamente com os seus filhos acerca dos benefícios de uma alimentação saudável e insista as vezes que forem necessárias, e que, se consumirmos com regularidade produtos ricos em açúcar e gordura, podemos ficar obesos e doentes.
 

8. Excesso de ecrãs quando estão em casa

Sabemos que não podemos retirar o acesso às tecnologias e que os mais novos gostam de divertir-se com os videojogos, vídeos e daí por diante, mas é importante que lhes limite o tempo diário.
 
Incentive os seus filhos a fazerem atividade física fora da escola. Brincar ao ar livre, praticar desporto e andar de bicicleta são algumas opções. Reduza o número de horas que a criança passa sentada no sofá a ver televisão ou a jogar videojogos.
 
A prática de atividade física aumenta o bem-estar e a resistência, as articulações ganham maior mobilidade, e o peso é mantido mais facilmente. Com o exercício físico vem também a apetência por uma alimentação mais saudável.
 
Por fim, registe que, direcionar os mais novos para um estilo de vida saudável passa por trabalhar o seu paladar. Os pais têm um papel essencial nos hábitos alimentares dos filhos. E, neste processo, o exemplo é fundamental: se os pais não comem sopa, dificilmente a criança vai querer. Se os pais consumem alimentos processados, não vão conseguir que os mais novos os evitem. Se os pais ingerem doces, como poderão restringir o consumo em casa? A opção é não comprar esse tipo de produtos, fazer um menu semanal onde constem refeições equilibradas e saudáveis e que todos sigam essa linha de conduta, construindo um novo estilo de vida.