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5 estratégias para lidar com pessoas que se vitimizam

5 estratégias para lidar com pessoas que se vitimizam
5 estratégias para lidar com pessoas que se vitimizam  
Foto - Freepik
Ninguém tem a capacidade de mudar o comportamento de outra pessoa, mas todos podemos modificar a nossa forma de agir com ela.

Segundo os especialistas na área da psicologia, nem sempre as pessoas que se vitimizam têm consciência dos danos que provocam aos outros, ainda que também exista quem saiba muito bem o que está a fazer. Em qualquer uma das situações, o segredo é identificar o que se passa e proteger-se o melhor possível desse abuso, recomendam.

Uma relação com uma pessoa que se vitimiza é cansativa, dependente, pouco criativa e nada saudável, por isso, registe estas estratégias para reagir e defender-se da sua arte de manipulação:

1.Exija responsabilidade, uma vez que, a pessoa que se vitimiza tende a fugir dela e a culpabilizar os outros pelo que faz e pelo que lhe acontece. Lamentam-se e andam sempre à procura de culpados para tudo, não admitindo que há sempre algo que cada um de nós pode fazer para melhorar as situações em que participa. Para lidar com este tipo de pessoa o segredo é mostrar-lhe a sua quota de responsabilidade no que se passa, sem permitir a transferência de culpas para si. Pode acontecer que a pessoa se afaste, que se irrite, que não goste, mas o leitor terá de ser firme na sua posição, pois caso contrário, vai entrar numa espiral de negatividade e de sofrimento que não ajuda a melhorar a relação. Corra o risco de expressar o que pensa e o que sente e, quem sabe se a vitimização diminui, caso contrário, procure alguém disposto a enfrentar a vida e a responsabilizar-se pelo que faz de bem e de menos correto, aconselham os especialistas.

2.Diga claramente que, todos passamos por dificuldades e que, o que nos evidencia é a forma como solucionamos os nossos problemas, não a constante vitimização e os lamentos. Uma pessoa que deseja modificar um comportamento destrutivo precisa de saber onde está a falhar, por isso, diga-lhe frontalmente que a vitimização não a vai levar a lado algum e ainda menos a uma relação saudável e duradoura.

3.Evite sentimentos de culpa e de compaixão, uma vez que é mesmo assim que as pessoas vitimistas se aproveitam de nós. Pense muito bem na situação, naquilo que realmente se passa e da melhor forma para a resolver. Converse com a pessoa em causa e diga-lhe que cada um tem o seu papel e responsabilidade numa relação e que não aceita nem ser o culpado por tudo e ainda menos ter de assumir todas as responsabilidades quando cada elemento tem a sua função. Afirme que só aceita manter a relação com um diálogo franco, aberto, onde exista espaço para o encontro equilibrado de soluções e isso depende dos dois.

4.Concentre-se no seu real valor e naquilo que pretende. Aceite conversar nessa lógica de igualdade. São pessoas adultas e não faz qualquer sentido que um seja a vítima e o outro o agressor ou aquele que lhe satisfaz todas as vontades. Não tenha medo de terminar a relação caso a vitimização persista, pois mais cedo ou mais tarde, esse será o seu desfecho natural. Mais vale só do que acompanhado com alguém que o manipula, que usa e abusa e que não o respeita, esteja ou não consciente disso.

5.Afaste-se quando sentir que o outro resiste e que não quer alterar o seu comportamento. Em muitos casos, a terapia de casal pode ajudar, mas o sucesso da mesma depende da vontade de ambos e, principalmente de quem se habituou a vitimizar-se para obter o que pretende. É recorrente que este tipo de pessoa faça muitos apelos emocionais, chantagem, que mostre sofrimento, mas essa é mais uma arte que desenvolveu e que sabe que resulta para causar compaixão no outro, pois quem quer mudar de comportamento, não recorre a esse tipo de estratégias e, quem ama e gosta também de si mesmo, não mendiga o amor do outro e ainda menos o usa a seu belo prazer.

É importante que o leitor tenha uma boa autoestima, pois caso contrário, irá cair muitas vezes na sua rede de manipulações e de apelos. Ganhe coragem e, já agora, ao afastar-se deste tipo de pessoa, não aceite o modelo para a sua vida em próximas situações. Pode aconselhar a pessoa em causa a pedir a ajuda de um psicólogo para que ressignifique a sua forma de estar consigo mesma, com a vida e nas relações.

Por fim, entenda que, a vitimização desenvolve-se ao longo do nosso percurso e, mediante a aceitação desse modelo, muitas pessoas dão-lhe continuidade, seja na família, no grupo de amigos, no mundo social e profissional. Naturalmente que, quando vivem uma relação com alguém, acabam por recorrer ao mesmo estilo porque sabem que, nas muitas situações em que participaram, foi bem sucedido. Naturalmente que se trata de uma pessoa tóxica, que não cuida bem de si, nem dos demais, que usa e abusa de quem está ao seu redor e que, este comportamento é completamente reprovável. Cabe a cada um de nós aceitar ou rejeitar manter uma relação com uma pessoa assim porque, certamente que vão existir muitas outras que a vão alimentar e submeter-se aos seus desejos e caprichos, também pelo percurso que experimentaram. O leitor saberá até que ponto está disposto a aceitar este tipo de relacionamento.