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4 estratégias para lidar com o stress emocional

4 estratégias para lidar com o stress emocional
4 estratégias para lidar com o stress emocional  
Foto Freepik
Em linhas gerais, o stress é uma resposta natural do nosso organismo face a situações opressoras.

Podemos viver cenários pontuais de stress, perante a apresentação de um trabalho, uma entrevista, uma discussão com alguém ou em algum momento difícil, tal como o stress pode atingir proporções moderadas quando ainda temos algum controle sobre a situação, mas em que sentimos uma acumulação de preocupações e dificuldades em dar-lhes resposta, ou vivenciar um cenário de stress crónico que resulta da incapacidade prolongada de encontrar soluções para os problemas,  de pensar com clareza, de gerir corretamente as emoções e de estas nos provocarem mal-estar nas mais variadas vivências diárias.
 
Segundo os especialistas, não podemos viver sem stress, na medida em que se trata de uma resposta do nosso corpo e da mente face a situações opressoras, contudo, podemos aprender a gerir as emoções de modo a reduzirmos a insatisfação e os sintomas que a acumulação dessas tensões nos provoca. Para tal, devemos pedir a ajuda de um psicólogo quando sentimos que o stress nos escapa ao controle e que se afasta das situações pontuais e que se torna cada vez mais recorrente e intenso, a ponto de nos retirar a lucidez e o bom senso.
 
Nas condições em que ainda temos algum controle sobre as nossas emoções, devemos adotar um novo estilo de vida que não permita que guardemos tantas preocupações só para nós e, nesse contexto, os especialistas na área da psicologia alertam para que estejamos atentos a estes sintomas:
 
•Dores no peito;
 
•Tensão muscular;
 
•Dores de cabeça ou enxaquecas;
 
•Problemas em dormir;
 
•Problemas gastrointestinais,
 
•Preocupação excessiva e irritabilidade;
 
•Mudanças repentinas de humor;
 
•Problemas de concentração e atenção;
 
•Sensação persistente de viver em “piloto automático”
 
•Dificuldade em encontrar prazer em atividades que antes eram apreciadas.
 
Por detrás das causas do stress emocional estão vários fatores pessoais, onde se inclui o estilo de vida, o ambiente familiar, o contexto profissional, entre outros, mas não pode ser excluída a autoexigência excessiva e a falta de habilidades em gerir as emoções de maneira adequada. Também as expectativas irrealistas, dificuldades em gerir a frustração, intolerância à incerteza e problemas em estabelecer limites constituem o cenário “perfeito” para a insatisfação, mal-estar e uma atitude “explosiva” perante determinadas situações.
 
De acordo com os entendidos, existem estratégias que nos podem ajudar a manter a calma e a desfrutar de mais qualidade de vida reduzindo o stress, são elas:
 
1. Organize-se de forma a manter um estilo de vida equilibrado.
 
Programe o seu dia e reserve tempo para estar também consigo próprio e a realizar algo de prazeroso. Dedique uns minutos diários para pensar, para reciclar pensamentos, para analisar o que já fez e o que gostaria de fazer melhor, o que pretende corrigir, aquilo em que se saiu bem e daí por diante. Durma entre 7 e 8 horas diárias, desligue os ecrãs quando é tempo para estar consigo e em família, converse com quem ama e com os filhos se os tiver, sem TV ou outros dispositivos. Anote aquilo que tem para fazer e tente cumprir as suas responsabilidades, mas inclua também um tempo para pensar, para caminhar um pouco e para fazer exercício físico nem que seja em casa. Não se engane com frases do tipo: “Está tudo bem, eu vou dar a volta a isto, vou tentar manter a calma e mudar”, porque isso só irá aumentar a ansiedade, a frustração e a insatisfação. Admita o que não está bem e tente solucionar ou melhorar o problema, essa é a chave dos especialistas.
 
2. Identifique o que lhe provoca stress
 
É o trabalho que lhe provoca stress, a vida conjugal, os filhos? São as notícias a que assiste e nas quais dedica uma boa parte do seu tempo livre? São problemas financeiros, de saúde ou outros? Quais? Preocupa-se demasiado? Com o quê?
 
Ao saber o que lhe causa stress, mais facilmente poderá intervir fazendo algo novo e diferente. Não veja tantas notícias negativas, esteja mais com quem ama e menos nas redes sociais, procure estar em ambientes estimulantes e que lhe proporcionem prazer. Admita os problemas que enfrenta e peça ajuda a quem está ao seu lado e que certamente também está a passar pelo mesmo. Pondere uma mudança de emprego se for isso que o afeta e limite as relações com pessoas que lhe causam insatisfação e mal-estar. Aos poucos, tente resolver aquilo que o impede de sentir-se mais tranquilo e estável. A sua saúde física e mental agradecem e registe que não temos de viver numa corrida permanente e ofegante.
 
3. Estabeleça limites para si e para os outros
 
Saber dizer “não” é uma habilidade valiosa, pelo que é imperioso olharmos para nós próprios e assumirmos que não conseguimos dar resposta a tudo e ainda menos ao mesmo tempo. Divida as tarefas com quem ama, tal como as responsabilidades e exigências. Fale abertamente sobre o que o preocupa e não tenha medo de ser vulnerável. Saiba recusar um convite de um amigo ou familiar e mentalize-se de que não tem de estar em todo o lado e ainda menos quando isso não lhe dá prazer.
 
Priorize aquilo que lhe faz bem e não tema dizer que não está disponível ou interessado em algo, sabendo sempre respeitar-se e respeitar os demais. Afaste-se de quem lhe provoca mal-estar e que não o trata com a consideração que pretende.
 
4. Mantenha hábitos de vida saudáveis
 
É fundamental que siga uma rotina realista. Fazer mudanças aos poucos vai ajudá-lo a reduzir o stress e a permitir que se sinta cada vez melhor, por isso, comece já hoje!
 
Programe os seus dias de forma a aproveitar o melhor possível o seu tempo. Tenha em conta a necessidade de se deitar e levantar cedo para apanhar menos trânsito e andar mais descansado com os horários. Cumpra o melhor possível as suas funções e sempre de um modo responsável. Admita falhas e tente corrigir erros, aprendendo sempre com as lições. Alimente-se de forma saudável, com tempo e sem ecrãs.
 
Pratique meia hora de caminhada diária e acompanhe-a com exercícios de manutenção como corrida, abdominais, prancha e outros. Converse sobre aquilo que o inquieta com alguém da sua confiança e que não o critique e olhe para dentro de si, identifique o que pode melhorar e até aquilo de que não necessita e que até o impede de ser mais livre e feliz. Durma bem e peça ajuda sempre que necessário, pois não temos de provar nada a ninguém, muito menos que somos muito fortes, pois também temos fraquezas e admiti-las é uma grandiosidade, concluem os especialistas.
 
Por fim, use a técnica do DCD – Duvidar, criticar e determinar porque nem tudo o que pensamos é agradável ou faz sentido. Duvide dos seus pensamentos e tente dar-lhes um novo significado critique-os e determine fazer melhor, seguir outra direção porque, a mente, mente e as nossas crenças podem conduzir-nos a becos sem saída. Às vezes, basta mudar 5 graus à direita para encontrarmos a solução para um problema, basta que analisemos a realidade noutra perspetiva ou contexto e, faz-se luz, por isso, força!