Esta é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e normalmente transmitida através do contacto sexual ou pelo beijo.
A infecção através de objectos contaminados é bastante rara, pois a bactéria morre em contacto com o ar. Um feto gerado por uma portadora de sífilis pode contrair a doença, condição denominada de sífilis congénita.
Como sintomas, o primeiro estágio da sífilis é caracterizado por uma pequena lesão, que aparece na região de contágio, de três a seis semanas após a contração.
Os fluidos oriundos dessa lesão são extremamente infecciosos. Num segundo estágio, que se manifesta cerca de seis semanas mais tarde, ocorre um repentino aparecimento de lesões.
As úlceras doloridas desenvolvem-se na boca, assim como em várias regiões do corpo. São lesões em forma de pequenas protuberâncias, também altamente infecciosas que podem aparecer na região genital.
Também as dores de cabeça, febre e inchaço das glândulas linfáticas são, algumas vezes, observados. Estes sintomas normalmente desaparecem de 3 a 12 semanas.
A doença entra então no estágio latente sem apresentar sintomas externos, porém as inflamações podem instalar-se em órgãos internos. Este estágio latente pode durar de 20 à 30 dias.
A droga mais usada no tratamento é a penicilina benzatina que é ministrada em duas injecções separadas por uma semana de intervalo. Quando se trata de neurosífilis, o antibiótico é ministrado três vezes por semana.
Mais uma vez, o preservativo é uma alternativa para evitar o contágio.
Linfogranuloma Venéreo:
A doença é contraída, exclusivamente pela transmissão sexual, sendo baixa a incidência. Tem maior prevalência no grupo etário dos 15 aos 30 anos.
O período de incubação varia entre 1 e 3 semanas. Manifesta-se com lesão inicial de tipo pustuloso, frequentemente despercebida.
Em seguida, surge a adenopatia inguinal, conhecida como bubão, unilateral, que pode passar à fase supuractiva.
Nas mulheres, pode faltar a adenite inguinal, mas é frequente o acometimento dos gânglios pararretais. Pode haver manifestações sistémicas tais como mal-estar, febre, anorexia, dor pélvica, etc.
Donovanose:
É causada pela Calymmatobacterium granulomatis e de transmissão sexual com um período de incubação de 8 a 30 dias, sendo mais frequente nas regiões tropicais.
A sua maior incidência é no sexo masculino, preferencialmente em homossexuais e indivíduos de baixas condições sócio-económicas, sobretudo devido ás fracas condições de higiene.
Na maioria dos casos, a lesão inicial localiza-se no prepúcio, sulco balanoprepucial, vulva ou vagina. Geralmente indolor, inicia-se por pápulas que coalescem e ulceram. Pode avolumar-se dando origem às formas "nodular" e "elefantiásica".
Vaginose Bacteriana e Vulvovaginites:
Pode ser classificada como infecciosa e não infecciosa (causa hormonal, agentes físicos e químicos, de contacto, etc.) Na forma infecciosa os agentes mais comuns são: Trichomonas vaginalis, Candida albicans, G. vaginalis, C. trachomatis, N. gonorrhoeae, sendo que, em cada faixa etária, tende a aparecer um tipo específico de Vulvovaginite.
As vulvovaginites de causa hormonal aparecem principalmente na infância, senescência e em mulheres que tomam a pílula; as infecciosas são mais frequentes dos 15 aos 35 anos.
Os sintomas podem manifestar-se através da secreção abundante, com ou sem odor característico, de consistência e cor variadas, prurido, edema, disúria.
Nota: Entenda este artigo como um ponto de partida para estar mais atento a pequenos sinais, à necessidade de tomar medidas de precaução e de averiguar o melhor possível os comportamentos sexuais antes de iniciar uma relação com alguém. Em caso de algum destes sintomas, o médico deve ser o primeiro recurso.