Sociedade

SEP alerta para "saldo zero" quanto à contratação de enfermeiros em Portimão

 
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses reclama uma falta de resposta nas urgências do Centro Hospitalar do Algarve, Unidade de Portimão.

 
 
Em comunicado, o SEP dá conta de que, as contratações anunciadas pelos responsáveis “são uma verdadeira falácia.”
 
Referindo-se ao Presidente do CHA que afirmou no passado domingo “ter autorização para contratar mais 38 enfermeiros e se for preciso contrata mais”, o SEP diz no mesmo documento que, “a verdade é que as autorizações para contratar mais enfermeiros são uma verdadeira falácia, por exemplo, as últimas 50 vieram com a indicação da Administração Central do Sistema de Saúde Administração Central do Sistema de Saúde que 38 são para substituição de enfermeiros que saíram e as restantes 22 para regularizar vínculo por tempo indeterminado a quem já trabalha no CHA.”
 
O SEP é imperativo ao afirmar que, “O saldo é zero !”
 
No mesmo comunicado a que o Algarve Primeiro teve acesso, o SEP clarifica, “de acordo com as fórmulas de cálculo ‘Dotações Seguras’, o CHA necessita de 483 enfermeiros. Necessitaria no imediato, pelo menos de metade, mas a verdade é que não tem crescido o número de enfermeiros.”
 
O Algarve Primeiro sabe que o SEP irá enviar uma exposição à Comissão Parlamentar da Saúde e espera poder reunir com esta Comissão na próxima visita ao Algarve, que foi aprovada no dia 16 de janeiro.
 
No decurso da visita do Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado ao Algarve, em Dezembro passado, os enfermeiros da Urgência de Portimão aproveitaram o momento para entregar cópia do Manifesto "Por Condições de trabalho dignas e cuidados de saúde de qualidade e segurança" dirigido ao Ministro da Saúde e com conhecimento a várias entidades, nomeadamente o Conselho de Administração  do Centro Hospitalar do Algarve, a ARS Algarve, a Direção-Geral da Saúde, Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, Entidade Reguladora da Saúde, Comissão Parlamentar da Saúde, Presidente da Câmara Municipal de Portimão, AMAL, SEP e Ordem dos Enfermeiros.
 
O Manifesto, que descreve a situação vivida diariamente na urgência de Portimão e aponta propostas de solução para melhorar a segurança dos utentes e profissionais, não mereceu resposta de nenhuma das entidades oficiais e tudo continua na mesma, lê-se ainda no comunicado.
 
Algarve Primeiro