Curiosidades

Sabia que o stress é contagioso?

 
Provavelmente nunca pensou seriamente no assunto, mas já se deu conta de que, estar ao lado de uma pessoa stressada significa ficar exausto e altamente ansioso. Não é por acaso que, nem todas as pessoas nos fornecem boas sensações e energias!

 
O problema, na posição dos especialistas vai mais longe quando a “fonte” de stress coabita connosco! Quer isto dizer que, não é o nosso trabalho, o trânsito, os compromissos que nos provocam stress, mas sim a pessoa com quem vivemos que, por estar stressada nos coloca “com os nervos em franja”!
 
Os hábitos das pessoas que nos rodeiam afetam diretamente o nosso sistema nervoso quando não os conseguimos aceitar, respeitar e receber de forma natural.
 
Um telefone que não pára de tocar pela vida profissional do seu cônjuge, a música alta que gosta de ouvir quando regressa a casa, o programa de TV que se repete diariamente pode ser, na posição dos entendidos uma importante fonte de stress, a par de estar ligado a esses comportamentos sem prazer, sem os conseguir suportar e, sobretudo sem se aperceber do incómodo diário que lhe provocam.
 
Já há muito tempo que se dizia que, por exemplo partilhar a mesma cama de casal pode não ser positivo para ambas as partes, seja pelo ressonar, pelos movimentos a dormir, pelo puxar do lençol, pelo gostar de ver televisão antes de adormecer, pelo acesso ás redes sociais na cama e por aí fora, mas o problema é maior!
 
Há pessoas que entram e saem de casa “uma pilha de nervos” sem se darem conta, pois tudo as irrita, até a respiração ansiosa do parceiro, a companheira que sai de casa aos gritos e os miúdos que são irrequietos. Sabendo que não se pode mudar tudo na nossa vida, os especialistas afirmam que é possível melhorar substancialmente a relação familiar com a introdução de hábitos mais saudáveis e tranquilos para todos.
 
Tudo começa com as regras e com o respeito pelo outro.
 
Sentar à mesa e listar o que está a afetar a qualidade de vida familiar é o primeiro passo, a que se seguem as mudanças, pois no fundo se pensarem uns nos outros, tudo se torna mais fácil. 
 
O grande problema é que as pessoas sufocam dentro desse incómodo e nada dizem ou por não se aperceberem ou por não quererem desencadear conflitos, mas um dia “a alma vai rebentar-lhes nas mãos”!
 
A casa deve ser partilhada por todos e de forma organizada, de preferência com atividades comuns que impliquem entreajuda e uma participação de miúdos e graúdos nas tarefas. 
 
Os níveis de stress baixam a partir do momento em que existe conforto, compreensão e ajuda, pois todos chegam a casa com vontade de descansar, de aproveitar o tempo livre e de se sentirem bem. 
 
As tarefas na cozinha fazem bem a todos e permitem que,  a vida familiar se reconstitua rapidamente depois de um longo dia de afastamento. Todos vão preparar o jantar, por a mesa e lavar a louça num ambiente de convívio e harmonia e, o stress cai por terra em três tempos!
 
Essa entreajuda reduz a ansiedade e aproxima os afetos, a conversa e a descontração que surge naturalmente. O banho dos miúdos e dar-lhes atenção também merece um momento familiar. Os pequenos a descansar, o tempo será melhor aproveitado pelo casal, sem stress, sem pressões, sem músicas que aceleram o organismo num tempo que se quer relaxante.
 
Muitas vezes não se percebe no quanto se adia o regresso a casa pelo mau-estar que se registou no cérebro pelos momentos “aflitivos” que se vivem em família. Faz bem ás crianças um ambiente descontraído, faz bem aos pais e a quem os visita nem que seja pontualmente, por isso há que agarrar no lápis e no papel e descrever o que incomoda! Há que ter coragem de definir uma hora para se desligar do trabalho, dos amigos e do toque do telefone, pois caso contrário, tudo se vai perder novamente.
 
Já agora, não se esqueça que, as redes sociais são também muito responsáveis pelo stress contínuo que sente. Seja porque não consegue aceder, seja pelas publicações que lê ou pelos comentários que lhe fazem (ou não). Tudo serve para ficar com os nervos em franja… principalmente a espectativa por um feedback.
 
Um outro ponto que foi referido na revista Health e que ajuda a compreender o problema resume-se à distração e a incapacidade de não se conseguir concentrar, o que provoca altos níveis de ansiedade e stress. Claro está que, num ambiente mais tranquilo, tudo será mais fácil e com decisões mais acertadas. Não ouse atender o telefone para um negócio quando chega a casa com as crianças! Aguarde. Dê uma atividade aos mais novos e, por instantes, faça a sua tarefa.
 
Nunca é demais perceber que, de acordo com um estudo de 2004 da Universidade de Wisconsin-Madison os traumas de infância podem originar dificuldades em captar e diferenciar emoções, principalmente as relacionadas com a ira e ansiedade, o que pode naturalmente explicar uma boa parte do stress que sente diariamente e que precisa de ser controlado.
 
Também a alimentação assume um papel relevante quando se fala de stress e ansiedade, uma vez que, alimentos que aceleram o metabolismo são desaconselhados. Uma das grandes responsáveis pode ser a cafeína, não só do café, mas que está contida em muitos alimentos. 
 
A expectativa que gera em torno de algumas situações como o casamento, o emprego novo ou a chegada de um filho podem levar a ataques de stress e a problemas de concentração, mas sendo entendidos, vão naturalmente acalmar e dar lugar a novas conquistas e soluções.
 
Se todos estes motivos não bastassem, não conseguir lidar com o stress é também responsável por mais stress, numa espécie de círculo vicioso, por isso, é urgente detetar as causas, organizar as soluções, nem que seja por pouco tempo, até que encontre outras razões e alternativas a esse estado de vida, mas faça algo em prol da sua felicidade e do bem-estar da sua família.
 
Fátima Fernandes