Sabe quantas horas precisa de dormir?

São muitos os estudos que têm sido levados a cabo sobre esta matéria, sendo que, na globalidade se percebeu que dormir pouco ou demais tem implicações na nossa saúde e no desempenho diário.

 

Ao mesmo tempo, o padrão de sono varia consoante a idade e estilo de vida, sendo que, a sua má gestão pode dar lugar a vários problemas de saúde.

 

Os especialistas alertam ainda que, há condições que afetam a qualidade do sono como é o caso da apneia ou o sonambulismo e que, é fundamental que o sono seja reparador, que nos permita descansar e despertar para um novo dia com energia, vitalidade e boa disposição.

 

«Dormimos o suficiente quando acordamos antes do despertador e nos sentimos bem», pelo contrário, o sono não foi de qualidade quando despertamos irritados, muito sonolentos, de mau humor e com pouca energia. Neste último caso, temos pouca predisposição para desempenhar as nossas tarefas, a memória parece não funcionar e a atividade cognitiva está comprometida. Nesta condição, devemos pedir ajuda especializada, já que é a nossa saúde que está em risco.

 

Com base nos muitos estudos desenvolvidos, os cientistas afirmam ainda que, se tornou habitual dedicar apenas seis horas diárias ao sono, mas que, «esse número é insuficiente para quem quer ter uma boa saúde mental e ao longo dos anos, pois as poucas horas de sono dão lugar à irritabilidade constante, à depressão, a um aumento da ansiedade e a um fraco desempenho cognitivo, semelhante ao de quem não dormiu durante algumas noites seguidas ou apresenta um sono de pouca qualidade. Quer isto dizer que, é fundamental descansar durante o tempo necessário e mediante a exigência do nosso organismo para que possamos estar bem.

 

Não nos esqueçamos também de que o sono é uma necessidade fisiológica de todos os humanos que, apesar de vir a ser descurada num estilo de vida moderno, tem muitas implicações no nosso desempenho e saúde a vários níveis.

 

Ao mesmo tempo, dormir em excesso também não é benéfico para a saúde, na medida em que, diminui a função cognitiva e parece também estar associado ao surgimento de sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, nos idosos parece ser um fator de risco particularmente relevante para a deterioração cognitiva e para o aparecimento da doença de Alzheimer e outras demências.

 

A National Sleep Foundation emitiu um relatório, endossado por um grande painel de especialistas, que fornece algumas diretrizes básicas a serem consideradas.

 

Assim, estas são as horas que precisa de dormir consoante a sua idade:

 

•Recém-nascidos: entre 0 e 3 meses. O bebé precisa dormir entre 13 e 17 horas por dia.

 

•Bebés: dos 4 aos onze meses, idealmente são necessárias entre 12 e 15 horas de sono. Embora o intervalo aceitável varie entre 11 e 18 horas.

 

•Bebés: de um a dois anos, recomenda-se 11 a 14 horas de sono.

 

•Pré-escolares: para crianças entre 3 e 5 anos, o ideal é entre 10 e 13 horas de descanso.

 

•Crianças em idade escolar: De 6 a 13 anos, as crianças devem dormir cerca de 9 a 11 horas por dia.

 

•Adolescentes: quando chega a adolescência, entre 14 e 17 anos, as exigências são estabelecidas entre 8 e 10 horas.

 

•Jovens adultos e adultos: 7 a 9 horas é o ideal para adultos dos 18 aos 64 anos.

 

•Idosos: As pessoas com mais de 65 anos precisam de descansar de 7 a 8 horas para serem saudáveis.

 

Perante estas orientações, avalie a qualidade do seu sono e verifique: se anda muito desconcentrado, irritado, com muito sono, muitas ausências e pouca capacidade de memória, tente mudar algo na sua rotina, pois certamente que não está com um sono de qualidade e reparador. Se não conseguir inverter esta situação sozinho, peça ajuda ao seu médico assistente.

 

Registe que, a exposição aos écrans durante muito tempo e até à hora de dormir, é um fator desencadeador de insónia. Levar problemas para a cama ou fazer algum tipo de atividade exigente antes de dormir, também interfere na qualidade do sono. Consumir bebidas estimulantes a meio da tarde e noite também é algo que prejudica o adormecer. Opte por relaxar, por estar mais descontraído após o jantar ou a refeição leve sugerida pelos especialistas, afaste-se dos écrans, converse sobre aquilo que o inquieta antes de dormir e, descanse o mais profundamente possível.

 

Fátima Fernandes