Economia

Portimão:Urbanização turística em João D'Arens chumba na Avaliação de Impacte Ambiental

 
A operação de loteamento para a construção de três estabelecimentos hoteleiros, num total de mais de 600 camas turísticas, no sítio de João D’Arens, Portimão, a cerca de 200 metros de arribas instáveis entre as praias dos 3 Irmãos e do Vau, obteve uma Declaração de Impacte Ambiental desfavorável, confirmou esta quarta-feira a CCDR - Algarve em comunicado.

 
Segundo a Comissão de Coordenação a avaliação foi emitida pela própria CCDR no passado dia 3 de maio, após parecer desfavorável da Comissão de Avaliação responsável pela análise técnica do Estudo de Impacte Ambiental.
 
A Comissão de Avaliação considerou que, independentemente das medidas propostas no Estudo de Impacte Ambiental, "o projeto não reúne condições para poder ser viabilizado nomeadamente no que se refere a fatores como a biodiversidade e a  paisagem".
 
O mesmo documento enviado à comuncação social, adverte que "para além da destruição de quase três hectares de um dos núcleos mais representativos de ‘Linaria algarviana’, espécie vegetal fortemente pressionada, exclusiva do Barlavento algarvio e detentora de estatuto de proteção pelo regime da Rede Natura 2000, perspetivam-se impactes irreversíveis na estrutura e qualidade cénica da paisagem suscetíveis de comprometer a identidade de uma das zonas que preserva os traços originais da paisagem costeira regional".
 
Foi também tida em conta que a ocupação urbano-turística prevista é enquadrada por um plano territorial que, em conjunto com outros instrumentos congéneres ainda vigentes, prevêem uma edificabilidade potencial global para a faixa litoral da linha de costa oeste do Algarve, na ordem das 20 mil camas.