Economia

OE 2018: Subsídio de desemprego terá maior subida de sempre

 
A notícia é animadora para quem se encontra numa situação de desemprego, já que uma ajuda extra é sempre bem acolhida.

 
A atualização do indexante de apoios sociais vai impulsionar uma das maiores subidas das prestações de apoio a desempregados.
 
Com o desempenho da economia e de a inflação estar neste ano mais alta do que em 2016, o indexante de apoios sociais (IAS) terá em 2018 uma das maiores subidas desde que foi criado, e à boleia do IAS aumenta também o subsídio de desemprego, cujos valores máximo e mínimo terão no próximo ano acréscimos a rondar os 7 e os 17 euros, respetivamente.
 
De acordo com o Diário de Notícias, desde 2012 que o subsídio de desemprego está balizado entre 1 e 2,5 IAS - valor máximo que um desempregado tem direito depois de aplicada a fórmula de cálculo desta prestação social. Como o indexante de apoios sociais esteve congelado entre 2010 e 2016, os beneficiários do subsídio de desemprego que atravessaram aquele período nunca tiveram qualquer atualização.
 
Neste ano, o governo decidiu acabar com o congelamento da fórmula de atualização do IAS e o mesmo se perspetiva para 2018, adianta a mesma fonte.
 
Como a inflação é mais alta e a economia está a crescer, será permitido que  o IAS aumente de forma mais expressiva.
 
Desta forma, a subida do valor mínimo do subsídio desemprego avançará também na mesma proporção. E o valor mais alto que pode ser atribuído a um desempregado sobe dos atuais 1053,25 euros para 1070 euros, o que dá um acréscimo de quase 17 euros.
 
A atualização do IAS irá ter efeito noutras prestações sociais, já que este indexante serve igualmente de referência para o cálculo do subsídio social de desemprego, para aferir os utentes do serviço nacional de saúde com direito a isenção de taxas moderadoras ou ainda, entre outras, para o cálculo das bolsas de estudo dos alunos do ensino superior.
 
A este acréscimo do subsídio de desemprego poderá somar-se o fim do corte dos 10% que atualmente é aplicado a todos os desempregados ao fim dos primeiros seis meses de aplicação. Esta é uma medida reclamada pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda, mas a eliminação deste corte está dependente da evolução das negociações em torno do Orçamento do Estado, já que custará cerca de 40 milhões de euros.