Curiosidades

O que deve ignorar para ser feliz

Se quer ser feliz é essencial que perceba que não se poderá relacionar com toda a gente e que terá de fazer opções, por muito que isso lhe custe.
Se quer ser feliz é essencial que perceba que não se poderá relacionar com toda a gente e que terá de fazer opções, por muito que isso lhe custe.  
Foto: Freepik
Um ponto importante que nos pode conduzir à felicidade ou à infelicidade é a forma como nos relacionamos com os outros. O ser humano precisa de conviver e de viver relações afetivas, mas só isso não basta.

Está mais do que provado que, uma convivência tóxica é capaz não só de nos conduzir à tristeza, à depressão e à infelicidade, mas também de nos retirar o prazer e a alegria de viver.
 
Neste sentido, só conseguimos encontrar um estado de equilíbrio e de harmonia para connosco próprios quando nos relacionamos com pessoas que nos fazem bem e de quem gostamos e nos afastamos de quem nos provoca mal-estar e infelicidade.
 
Segundo os entendidos na área da psicologia, o grande problema é que nem sempre sabemos diferenciar as pessoas boas das más e identificar o prejuízo que acarretam para a nossa saúde mental. Todas as que nos criticam destrutivamente, que não gostam de nós, que mandam “bocas”, que fazem de tudo para nos ver infelizes e que lidam connosco com egoísmo e apenas por interesse, não devem permanecer nas nossas vidas, por muito que a relação já tenha muito tempo ou que seja impensável perdê-la.
 
As chamadas pessoas tóxicas estão em todo o lado e devem ser ignoradas sob pena de sofrermos desnecessariamente e de perdermos uma boa parte da nossa saúde mental à espera que mudem ou que consigamos entender as razões pelas quais nos tratam mal.
 
Se quer ser feliz é essencial que perceba que não se poderá relacionar com toda a gente e que terá de fazer opções, por muito que isso lhe custe no início e, ao mesmo tempo, terá de aprender a ignorar pessoas que apresentem estes pontos:
 
1. Críticas destrutivas e constantes
 
Ninguém nos pode afetar sem o nosso consentimento e, na maioria das vezes, somos nós que damos crédito à opinião alheia e que validamos o que nos fazem, a ponto de sofrermos e de seguirmos as suas orientações só para não passarmos por uma perda.
Devemos saber muito bem o que contamos às outras pessoas e qual a importância que damos aos seus conselhos, sob pena de pouco conseguirmos fazer o que nos agrada e que melhor se adequa ao que somos. Depois, é preciso ter em conta que, dificilmente conseguiremos agradar aos demais sem nos agradarmos a nós próprios, logo não faz sentido que as outras pessoas assumam um papel assim tão relevante na nossa vida. É natural que, mesmo assim, sejamos criticados, então resta-nos optar por outras companhias que nos respeitem, mas é essencial que aprendamos a reservar apenas para nós aquilo que é da nossa responsabilidade e interesse.
 
2. Quem nos causa inseguranças
 
Há pessoas que se consideram especialistas em tudo e que mostram os seus exemplos para se evidenciarem e mostrarem superioridade. Estas atitudes causam muitas inseguranças e mal-estar nas relações, pelo que não devemos alimentar ligações deste tipo.
 
É importante para quem quer ser feliz que se afaste deste tipo de personalidade e que se concentre nas suas reais qualidades e habilidades, pois os ditos especialistas em tudo, são também peritos em oferecer frustrações e medos aos demais.
 
3. Pessoas que acham que conseguem controlar tudo
 
Na mesma sequência, há pessoas que acreditam conseguir controlar tudo e até a vida alheia quando, na realidade, ninguém tem nem esse dom, nem esse poder. Assim, se quer ser feliz siga o seu percurso afastado de quem sabe tudo e controla tudo e liberte-se dessa ilusão, pois ninguém é suficientemente capaz de o fazer. Lute diariamente pelos seus objetivos, mas inclua sempre a possibilidade de algo não correr como gostaria ou como planeou, pois isso é uma visão realista da vida e das situações.
 
Ao mesmo tempo, não tente adivinhar os comportamentos dos outros, pois por muito que sejam constantes, o ser humano não é uma máquina e não é assim tão previsível. Viva um dia e um momento de cada vez. Se está feliz agora, desfrute, mas se alguém o surpreender, saiba também que isso faz parte da vida e das relações, mas tenha cuidado com o que lhe fazem, pois nem tudo é aceitável num relacionamento!
Se tem de andar sempre preocupado com o que alguém lhe poderá fazer e sentir-se “sempre à defesa”, saiba que essa relação não lhe está a fazer bem e que se deve afastar.
 
4. Pessoas que estão constantemente a compará-lo
 
Somos todos diferentes uns dos outros e cada um tem e deve evidenciar as suas qualidades, pelo que não deve permitir que o estejam sempre a comparar com os demais e que aproveitem esse facto para o criticarem ou desvalorizarem de alguma forma. Afirme-se tal como é e opte por relações mais amigáveis, sinceras, honestas e descontraídas, sem comparações, medos, críticas destrutivas e tentativas de o afastarem daquilo que pretende e que é melhor para si. Registe que, «não há pessoa mais insignificante do que aquela que usa as suas conquistas para menosprezar os outros».
 
5. Pessoas interesseiras e egoístas
 
Não permita que lidem consigo apenas com interesse e egoísmo. Muitas pessoas usam de uma arte especial para manipular e para enganar os demais só para obterem o que pretendem, pelo que, cabe a cada um de nós perceber isso e dar o devido encaminhamento às suas atitudes. Lembre-se de que não terá de conviver com toda a gente e que nem todas as pessoas são honestas e sinceras com os outros. O problema não é seu, mas é da sua responsabilidade conseguir afastar-se dessa negatividade e prejuízo para a sua felicidade e saúde mental.
 
Por fim, registe que, nem sempre conhecemos as pessoas a ponto de podermos afirmar algo por elas e, só o tempo é que nos pode dar essa visão mais alargada de como os outros se apresentam. Depois, há quem seja mesmo má pessoa e não vale a pena fazer de conta que não vemos, pois é preferível ter poucos amigos, mas bons, a muitos sem valor e carregados de falsidade. O mesmo se passa com os membros da família: nem todos nos desejam e tratam bem, pelo que é sempre melhor que estejamos sós do que mal acompanhados.
 
Anote ainda que, é recorrente que cheguemos à conclusão que fomos amigos e que demos muito a alguém e que essa pessoa não foi capaz nem de nos agradecer, nem de retribuir. Aceitemos como uma experiência, mas temos de aprender a proteger-nos de situações semelhantes no futuro.
 
Devemos ainda dar a nossa ausência a pessoas invejosas, fingidas e que lidam connosco só para alcançarem um objetivo ou para satisfação das suas necessidades pessoais. Há casos de más pessoas em todos os cenários de vida pelo que, em vez de nos lamentarmos, devemos estar mais atentos e evitar contactos tóxicos, pois um após o outro, uma frustração atrás de outra, conduzem-nos à tristeza e ao sofrimento, para além do comprometimento da saúde mental.
 
Também não devemos permitir que uma relação avance quando a pessoa nos trata com desprezo, quando temos de implorar a sua amizade ou amor, quando nos trocam por outras, fazem chantagens, humilham ou gozam. No fundo, o caminho é procurar pessoas que nos respeitem, aceitem e valorizem tal como somos, mesmo sabendo que há cada vez menos pessoas com essas habilidades.
 
Acredite que, com treino, amor próprio e autoconhecimento, aprendemos a gostar muito mais de nós e a selecionar mais as pessoas que entram na nossa vida e… nunca é tarde para começar esta linha de orientação, é preciso é que queira deixar de ser a vítima e que se predisponha a desenvolver novas potencialidades que mais facilmente o podem levar a uma vida mais livre e feliz. Aprender a ignorar o que não nos faz bem, é uma porta aberta para receber o melhor que a vida tem para nos oferecer!
 
Fátima Fernandes