Sociedade

Música de Luís Gomes integra elenco da novela “Ouro Verde”

 
Sem preconceitos e com uma perspetiva humanista da vida, “em que cada um tem de ser tal e qual como é”, Luís Gomes falou com o Algarve Primeiro e fez algumas confidências.

 
Algarve Primeiro: Presidente da autarquia de Vila Real de Santo António e cantor. Como consegue conjugar estes dois talentos?
 
Luís Gomes: Aprendi música aos seis anos de idade, e foi desde essa altura que descobri que essa faceta me iria acompanhar independentemente das responsabilidades que assumisse. Claro que nunca pensei que, nesta fase de vida iria ser cantor, mas a vida coloca-nos as oportunidades e podemos sempre enveredar por um novo caminho; uma nova experiência. Para já, estou a divertir-me bastante.
 
A.P. – E como tem sido conjugar as duas responsabilidades?
 
L.G. - Tem corrido muito bem, uma vez que, acima de tudo, nós temos de ser pessoas e de nos apresentarmos tal e qual como somos. Defendo que, um político não tem de ser um ‘robot’ que só faz aquilo a que as pessoas estão habituadas. Para além das suas funções, um político pode e deve praticar desporto, pode ser músico ou aquilo que bem entender, pois isso de forma alguma interfere com as funções que desempenha em termos profissionais. Para mim, é importante fazer aquilo de que gosto e dar o meu melhor seja em que circunstância for.
 
A.P. - Sempre esteve ligado a este tipo de música?
 
L.G. – Curiosamente não. Foi uma oportunidade que me surgiu e aproveitei-a, quando era mais jovem tinha um estilo ‘punk’, hoje estou a cantar música latina e está a ser uma experiência muito agradável.
 
A.P. – Já gostava desse género mais romântico?
 
L.G.- Desde sempre que apreciei qualquer tipo de música, muito embora não tivesse o mesmo talento para todos os géneros. Este estilo mais latino enquadra-se bem no meu tipo de voz. As pessoas estão a gostar bastante e isso é que importa.
 
A-P.- E como tem sido a aceitação do público?
 
L.G.- Muito melhor do que poderia esperar. Posso mesmo dizer que estou a concretizar um sonho. As pessoas gostam de me ouvir cantar e eu sinto um prazer enorme em lhes proporcionar esses momentos. Estou a divertir-me bastante!
 
A.P.- Em termos de futuro, como encara esta sua faceta profissional?
 
L.G.- Estou a viver cada momento e a aproveitar cada instante que esta oportunidade me está a proporcionar. Dentro de duas semanas, os portugueses vão poder ouvir a minha música no elenco da novela “Ouro Verde” da TVI, o que para mim é um orgulho enorme. Penso que qualquer cantor gostaria de ter uma oportunidade destas.
 
A.P.- De alguma forma o seu trabalho enquanto autarca ficou comprometido com este projeto musical?
 
L.G. – Claro que não! Sempre soube muito bem separar as coisas e colocá-las nos devidos lugares. Cumpro a minha função como presidente da autarquia como sempre o fiz; com a mesma dedicação e motivação para melhorar a qualidade de vida das pessoas e faço o mesmo com a música: concretizo este meu sonho e tento levar os sons que produzo a um público cada vez mais alargado. Em ambos os casos, estão as pessoas e a minha perspetiva humanista da vida. 
 
A.P.- Quer isto dizer que não tem qualquer tipo de problema em assumir que é possível ser autarca e cantor ao mesmo tempo?
 
L.G.- Exatamente. Há sempre coisas que ficam por fazer, mas acima de tudo, sinto-me orgulhoso no trabalho que tenho desenvolvido em Vila Real de Santo António. Com a música, os dados estão lançados, estou a sentir um prazer enorme naquilo que faço. O público aplaude, isso é o mais importante.
 
A.P.- Acha que este é um primeiro passo para que as pessoas encarem os políticos de forma diferente?
 
L.G.- Penso que as pessoas gostam de políticos que cumpram as suas responsabilidades e que se preocupem com o bem estar das populações. Acredito que as pessoas valorizam esta liberdade de cada um ser igual a si mesmo, desde que exista harmonia, respeito e cumprimento de promessas. O que o político faz nos seus tempos livres pouco lhes interessa, a menos que, como no meu caso, gostem do projeto musical, se interessem e acompanhem os espetáculos como tem acontecido. O autarca, antes de ser político, é um ser humano!
 
Antes de ser presidente de câmara, já era pessoa e já cantava, pelo que não vejo qualquer tipo de incompatibilidade.
 
Baby Lores & Luís - Sentimiento
 
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