O PSD/Algarve manifestou hoje em nota de imprensa a sua preocupação pelos investimentos previstos pela Sociedade Polis Litoral Ria Formosa, nos concelhos de Faro, Olhão, Loulé e Tavira, orçados em mais de 10 milhões de euros.
É que poderão estar em risco e dependentes de cofinanciamento das respectivas autarquias, "o que configura um abandono por parte do actual Governo dos compromissos com intervenções estruturantes para a competitividade e valorização da Ria Formosa", frisam os Social Democratas.
O PSD/Algarve lembra que as autarquias já tinham feito as suas entradas no capital social da empresa, garantindo o direito às intervenções previstas originariamente sem que as tivessem de financiar, ou acordado qual a comparticipação, que tinham que efectuar, "sendo agora chamadas a mais um esforço financeiro, dado que o governo afirma que não irá investir, mais, no Polis Litoral Ria Formosa".
O mesma nota salienta a inexistência de compromissos de dragagens e respectivo financiamento em particular, entre outros, na Fuzeta e na Culatra, e o reconhecimento de que não há garantia de financiamento para o Plano de Intervenção e Requalificação (PIR) do núcleo da Culatra, já anunciado e que representa 1,5 milhões de euros.
O PSD diz estranhar a coincidência de, tendo sido chamado a prestar esclarecimentos, ontem, na qualidade de membro do Conselho de Administração da Sociedade Polis, o Presidente da Câmara Municipal de Olhão "não tivesse comparecido na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local da Assembleia da República, ausência verificada também a 11 de janeiro, quando foi discutida e votada por unanimidade a deliberação de notificação para realização de demolições tomada pelo Conselho de Administração da Sociedade Polis, órgão que o mesmo responsável integra".
Em conclusão o PSD fala em encenação das forças políticas que suportam o Governo, relativamente às demolições, justificando que se por um lado foi aprovado um projecto no qual se previa o reconhecimento histórico, social e cultural dos Hangares e Farol, por outro não se entendem quanto ao sentido e alcance desse conceito, "o que configura uma grosseira manipulação das populações, se para uns significa que não há demolições, para outros há, e para o Ministro, no seu entendimento, é tudo ilegal pelo que não dará passos para resolver definitivamente a questão".
Algarve Primeiro