Imunoterapia pode ser “a chave” para tratar o cancro

 
Os investigadores acreditam que a imunoterapia pode ser uma resposta mais eficaz para o tratamento do cancro, já que, ao contrário da quimioterapia e da radioterapia, esta técnica tem por base as capacidades naturais do corpo para atacar os tumores.

 
Os tratamentos ativam as defesas naturais e ajudam o organismo a identificar as células más e a combate-las, o que é encarado pela ciência como a nova resposta no combate à doença.
 
O processo de tratar um cancro é normalmente um caminho cheio de desconforto e dor para o paciente. As técnicas mais usadas, a quimioterapia e a radioterapia, são tóxicas para os tumores, mas também para as células saudáveis, o que torna a luta contra o cancro um processo debilitante para o doente, com a agravante de muitas vezes não se obter os resultados pretendidos. 
 
Nos últimos anos, no entanto, há uma terceira técnica que está a animar os cientistas pelos resultados obtidos e, apesar de não ser nova, está a ter desenvolvimentos interessantes para uma percentagem dos doentes e com poucos ou nenhuns efeitos secundários: a imunoterapia.
 
Desde que a revista Science reconheceu a técnica como a descoberta do ano em 2013, a aposta na imunoterapia não tem parado de aumentar. Há três anos, os estudos nesta área representavam 1% de todos os apresentados no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia e agora são um quarto do total.
 
Ao contrário da quimioterapia e da radioterapia, a imunoterapia tem por base as capacidades naturais do corpo para atacar os tumores. Os tratamentos ativam as defesas naturais e ajudam o organismo a identificar e a combater as células cancerígenas, sem utilização de elementos agressivos como a radiação.
 
Porque os casos de sucesso ainda são recentes, ainda é cedo para saber se estas técnicas curam ou apenas tratam os pacientes, mas alguns cientistas acreditam que dentro de alguns anos a imunoterapia pode vir a substituir outros tratamentos mais agressivos em alguns tipos de cancros.
 
Outros investigadores não são tão radicais, mas também admitem que a imunoterapia pode ser um forte aliado quando combinado com outras formas de tratamento como a quimioterapia.
 
No Congresso Internacional de Imunologia, que decorreu em Melbourne na Austrália, na última semana, foram apresentados vários estudos promissores que têm por base esta técnica inovadora. 
 
O jornal El País reuniu três formas diferentes, que demonstraram resultados surpreendentes.
 
Keytruda
 
O Keytruda é um dos medicamentos aprovados que têm por base a imunoterapia. A droga neutraliza uma proteína que existe à superfície das células cancerígenas, conhecida como PD1, que faz com que sejam ignoradas pelos glóbulos brancos. Ao neutralizar a PD1, o corpo passa a atacar o tumor.
 
Um dos problemas da imunoterapia, é o facto de funcionar em poucos sujeitos, mas tem-se revelado, ainda assim, eficaz no combate ao melanoma e o diretor do Instituto de Pesquisa contra o Cancro Olivia Newton-John, Jonathon Cebon, acredita que este tratamento pode oferecer bons resultados na luta contra cancros do pulmão, estômago e bexiga.
 
Outra técnica resumida pelo El País é o Cultivo de glóbulos brancos.
 
Os cientistas colhem glóbulos brancos do paciente, seja a partir do tumor ou de fora dele, para depois identificarem os que têm maior eficácia na luta contra o cancro em questão. Estes são cultivados e ativados antes de serem reintroduzidos no doente, reforçando a resposta do corpo.
 
Os investigadores tentam manipular os glóbulos brancos, para tentar melhorar a sua capacidade contra os tumores.
 
Vacinas
 
As vacinas terapêuticas são outra técnica da imunoterapia que cada vez mais pode fazer parte dos tratamentos contra o cancro. Diferentes das vacinas preventivas – como a da gripe, administradas antes do aparecimento da doença – as terapêuticas tentam alertar o corpo para combater as células cancerígenas, recorrendo a outras manipuladas, que mostram ao corpo que o cancro está ali e ajudam a dar a resposta correta contra o tumor. 
 
Uma vacina deste género já foi aprovada em 2010 nos EUA e mostrou-se eficaz em alguns tipos de cancro da próstata.
 
Estes tratamentos podem funcionar de várias formas: podem deter a proliferação de células cancerígenas, reduzir o tumor ou destruir as que restaram depois de outros tratamentos.
 
Ainda que seja cedo para o concluir, Berzofsky acredita que a vacina pode ter resultados positivos também contra o cancro da mama.
 
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