Hipopituitarismo

O Hipopituitarismo tem origem numa insuficiência na actividade da hipófise, sendo que esta pode ser muito variada.

 
Ainda assim, a causa mais comum para esta patologia ocorrer é a existência de um tumor que, durante o seu crescimento, comprime ou destrói a hipófise, o que provoca uma diminuição da sua produção hormonal. 
 
Ao mesmo tempo, uma qualquer lesão da glândula provocada, por exemplo, por um traumatismo crânio encefálico pode igualmente originar uma alteração no funcionamento da hipófise, tal como uma eventual falha de irrigação sanguínea da hipófise, quer seja devido à compressão por parte de um tumor dos vasos que a nutrem, quer seja devido a uma vasculite que também pode originar um hipopituitarismo. 
 
Outras causas: 
 
Na mesma sequência de justificações para este problema, temos o aparecimento de uma hipofunção hipofisária provocada pela insuficiente irrigação sanguínea da glândula, devido a um colapso circulatório consequente de uma hemorragia no período pós-parto, um problema denominado por síndrome de Sheehan. 
 
Manifestações da doença: 
 
O hipopituitarismo pode manifestar-se como efeito secundário do tratamento de um tumor da hipófise, quer seja ao longo da sua própria extracção cirúrgica, quer seja através da radioterapia efectuada com fins curativos, que revela que esta patologia tem diversas causas associadas, sendo que as suas consequências já são conhecidas e estão descritas de forma a assegurar o correcto encaminhamento dos pacientes. 
 
Tipos: 
 
Associados aos problemas da hipófice estão diversos tipos como vamos descrever a seguir mencionando as condições das diferentes ocorrências: 
 
Em casos de insuficiência na secreção de uma única hormona hipofisária, fala-se de hipopituitarismo selectivo ou mono-hipopituitarismo. 
 
No que se refere à insuficiência na secreção de várias hormonas hipofisárias, fala-se de hipopituitarismo parcial. 
 
Já na insuficiência na secreção de todas as hormonas hipofisárias, fala-se de pan-hipopituitarismo. 
 
Recorde-se que, embora a hipófise segregue inúmeras hormonas, a sua insuficiência pode afectar apenas uma delas, conforme a gravidade, várias ou praticamente todas, com diferentes repercussões nos distintos casos. Assim, é possível distinguir vários tipos de hipopituitarismo e de fazer o seu correcto encaminhamento. 
 
Manifestações: 
 
Relativamente a manifestações da doença, importa ter em conta que, uma insuficiência na actividade hipofisária pode ter, conforme as hormonas em défice, e também segundo a origem da doença, repercussões muito variadas. Sabe-se que, em alguns casos, quando o hipopituitarismo é provocado pelo desenvolvimento de um tumor, as manifestações apresentam-se de forma lenta e pouco notória. 
 
No entanto, quando ocorre um problema súbito da irrigação hipofisária e também em caso de hipopituitarismo provocado por uma intervenção cirúrgica, o défice hormonal manifesta-se bruscamente, o que contrasta com as manifestações generalizadas e mais comuns. 
 
Sintomas: 
 
É de salientar que, os sintomas variam consoante o caso e as suas complicações, no entanto, é possível detectar o problema através de traços comuns. 
 
Neste sentido, verifica-se que os sintomas variam do tipo e grau de défice hormonal em cada situação. 
 
Por exemplo, uma insuficiência na produção da hormona do crescimento nas crianças provoca um quadro de nanismo; um défice na elaboração de tirotropina provoca um quadro de hipotiroidismo; uma diminuição da secreção de adrenocorticotropina origina uma insuficiência corticosupra-renal (quadro conhecido como síndrome de Addison hipofisário, com astenia, hipotensão e outros sintomas próprios de um défice de glucocorticóides e mineralocorticóides, com graves repercussões no equilíbrio hidrossalino); uma insuficiência na secreção da hormona melanocitoestimulante provoca uma despigmentação cutânea; por fim, uma produção deficitária de gonadotropinas provoca alterações no aparelho genital, com repercussões de diferente índole segundo a idade do paciente (escasso desenvolvimento genital e ausência do aparecimento dos caracteres sexuais secundários nas crianças, diminuição da libido nos adultos, falta de menstruação na mulher ou disfunção eréctil no homem). 
 
Para além destes sintomas provocados pelos problemas na hipófise adicionam-se outros consequentes dos problemas no hipotálamo e, quando a origem reside num tumor, também sinais neurológicos, como cefaleias e problemas na visão. 
 
Sinais: 
 
Relativamente a sinais, é comum que ocorra a deficiência de um, vários ou todos os hormónios produzidos pela hipófise anterior. 
De um modo geral, as deficiências hormonais nas mulheres produzem a interrupção dos períodos menstruais, infertilidade, ressecamento da vagina e perda de algumas características sexuais femininas. 
 
No que se refere aos homens, as deficiências hormonais podem conduzir á impotência, à atrofia dos testículos, redução da produção de espermatozóides, e consequentemente infertilidade, além da perda de algumas características sexuais masculinas como por exemplo a ausência do crescimento dos pêlos no corpo e no rosto. 
 
Relativamente ás crianças, o hipopituitarismo reduz a velocidade de crescimento e, algumas vezes, causa o nanismo. 
 
A deficiência na produção do hormónio estimulante da tiróide acarreta esta patologia que produz sintomas como a confusão mental, a intolerância ao frio, o ganho de peso, a constipação e a pele seca. 
 
Ao mesmo tempo também estão associados sinais como a fadiga, hipotensão arterial, concentração saguínea baixa de açúcar e baixa tolerância ao stress que podem ser considerados sintomas comuns do hipopituitarismo. 
 
Descrição: 
 
Entende-se esta patologuia como uma condição anormal provocada por uma deficiência de um ou mais hormónios secretados pela glândula pituitária. 
 
Factores de risco: 
 
Os factores de risco estão relacionados à causa e podem incluir antecedentes da diabetes insípido, antecedentes de insuficiência adrenal, antecedentes de tumor pituitário, suspensão da menstruação numa mulher pre-menopáusica e baixa estatura. A incidência é de 1 em cada 10.000 pessoas. 
 
Tratamento: 
 
Em termos de opções de tratamento, importa ter em conta alguns aspectos, isto porque, se o hipopituitarismo for causado por uma lesão ou tumor, as opções de tratamento são a remoção do tumor, radiação ou ambas as soluções, sendo que a terapia de reposição hormonal pode ser necessária permanentemente após tal procedimento. 
 
Na mesma sequência, a terapia de reposição endócrina está indicada para a reposição de hormónios dos órgãos afectados. Estes incluem corticosteróides, hormónio da tireóide, hormónios sexuais (testosterona para homens e estrogénio para mulheres), hormónio do crescimento, entre outros. 
 
Ao mesmo tempo, refira-se que, há medicamentos disponíveis para tratar a infertilidade masculina e feminina associada ao distúrbio, pelo que é tudo uma questão de análise detalhada do problema e aconselhamento médico especializado. 
 
Prognóstico: 
 
É de ter em conta que, o hipopituitarismo é geralmente permanente e requer tratamento por toda vida; no entanto, o paciente pode contar com uma vida estável e com muita qualidade, isto porque os tratamentos disponíveis no mercado apoiam grandemente essa situação. 
 
Ainda assim, nunca é demais advertir que, tal como em qualquer outra doença, podem ocorrer complicações resultantes de reacções aos medicamentos. 
 
Seja em alterações súbitas, seja na presença de novos sintomas ou reacções adversas a medicamentos, o paciente deverá manter o seu médico assistente em contacto com a situação. 
 
Nota:Entenda este artigo como meramente informativo e um ponto de partida para pedir ajuda médica.