O candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Faro, António Eusébio, fez ontem à noite a apresentação pública da sua candidatura num restaurante da cidade.
Após o lançamento do Programa Eleitoral Participado para Faro, em que António Eusébio convidou os cidadãos para em conjunto construírem o programa de ação do PS para os próximos quatro anos, o candidato socialista apresentou as suas ideias para o Concelho, relembrando "a experiência que tem enquanto autarca, em São Brás de Alportel, e agora como deputado", pelo que considera "ter condições para dar muito mais a Faro".
Com base no slogan da sua campanha (Faro Merece Mais), António Eusébio, realçou o facto de ter realizado muitas reuniões de trabalho com associações, instituições, empresários e cidadãos, onde sentiu que Faro, "apesar do forte dinamismo da sociedade civil, não tem sabido ou conseguido aproveitar esta oportunidade, que deve ser planeada e bem promovida".
António Eusébio entende que "embora se viva um aparente clima saudável na cidade, este, pouco ou nada resulta da ação da câmara municipal". No seu entender é graças às novas rotas aéreas com destinos para Portugal que trazem mais turistas para a região, pelo que só no Algarve, em 2016, "tivemos um aumento de um milhão de turistas a mais que em 2015, na chamada época baixa, ou seja, cerca de 70% desse crescimento na época baixa, faz com que muitos empresários invistam na hotelaria, restauração, comércio, e esse sim tem sido o fator diferenciador".
O candidato especificou que "o atual executivo, anda há 4 anos a vitimizar-se com o mito de endireitar as contas, não fazendo mais obra, pondo os farenses a pagar impostos à taxa máxima, e só houve uma redução de 10% na cobrança do IMI, por imposição do OE 2016", prometendo baixar ainda mais este imposto.
"Obras como a Circular do Aeroporto à Estrada de Olhão (EN125), o Parque Ribeirinho, o Parque de Estacionamento, o Passadiço para a Ilha de Faro, são obras do Estado, nomeadamente Infraestruturas de Portugal, Sociedade Polis e Ministério do Ambiente", avançou António Eusébio, pelo que da parte da Câmara, "praticamente nada foi feito neste Mandato".
Neste capítulo António Eusébio realçou que "a cidade parou porque a autarquia não cumpriu as regras impostas pelo anterior Governo do seu próprio partido, no que respeita ao endividamento e depois de mudar o Governo, o mesmo Presidente, sem cumprir a Lei, sem amortizar a dívida e sem justificar ao Poder Central, a importância e prioridade das obras, resolveu anunciar o chumbo dos investimentos que ainda nem estavam no Orçamento da Câmara".
Em linhas gerais o programa do PS para Faro, assenta na afirmação da cidade como Capital da região, a participação das pessoas na Governança, nomeadamente com a implementação do Orçamento Participativo, processo que António Eusébio diz ter sido "o percursor deste mecanismo a nível regional e nacional", a sustentabilidade, a valorização da paisagem diferenciadora (Mar, Ria Formosa, Barrocal), e dos recursos locais, na economia a promoção e captação de investimento, empreendedorismo e a empregabilidade, a nível social a promoção da inclusão e a inovação social, "combatendo lógicas meramente assistencialistas", ainda potenciar a ligação do Centro Hospitalar à Universidade do Algarve, perspetivar a ligação ferroviária (metro de superfície) do Aeroporto a Faro, ligando também a Universidade do Algarve, bem como a construção de uma rotunda nas Pontes de Marchil, que facilite a ligação de Faro a Montenegro, dar atenção especial à mobilidade das pessoas, à requalificação dos Largos de São Pedro, Carmo, S. Luís e da Sé, assim como ao Património e à reabilitação de outros sítios do concelho.
Finalmente o candidato quer mexer na frente de mar da cidade, apelidando de "magnífica", ao todo são mais de 200 hectares para lá da linha de caminho-de-ferro, "onde é necessário retirar os depósitos de gás e reconverter toda a zona, com espaços verdes e de lazer, um centro de congressos e a criação de uma marina de náutica de recreio".
A terminar António Eusébio, abordou ainda a Educação e a Cultura como prioridades do seu programa no apoio às escolas e aos transportes escolares e uma estratégia de cultura que envolva todos os equipamentos culturais da cidade, num trabalho transversal nesta área.
Refira-se que nesta iniciativa partidária, esteve presente Carlos César - líder do grupo parlamentar e Presidente do Partido Socialista, José Apolinário - secretário de Estado das Pescas, Francisco Serra - Presidente da CCDR Algarve, Jorge Botelho Presidente da AMAL, Dália Paulo - Comissária do Programa 365 Algarve, Luís Graça - deputado e Presidente do PS Faro, Jamila Madeira - deputada, Miguel Freitas - Secretário da AMAL ou Víctor Guerreiro - autarca de São Brás de Alportel, entre outras figuras de destaque do partido a nível regional.
Algarve Primeiro
