Sociedade

Comunicado: Funcionário do Gabinete Comunicação do município Olhão esclarece conversa com jornalista

Face à notícia difundida pela Agencia Lusa, sob o título “Chumbo do orçamento de Olhão para 2014 impõe gestão por duodécimos”, da autoria da jornalista Cecília Malheiro, da Lusa, e publicada em vários órgãos de comunicação, sirvo-me do presente para, em nome da verdade, do bom nome e das competências profissionais que me são atribuídas, esclarecer o seguinte:

 
No dia 30 de Dezembro do passado ano, a referida Jornalista contacta a funcionária Isabel Coelho, de baixa à data, a questionar sobre a aprovação do orçamento para 2014 da Câmara Municipal de Olhão. 
 
Foi-lhe dito pela própria que deveria contactar o Gabinete Relações Públicas ou o da Presidência da CMO no dia 02 ou 03 de Janeiro pp. Nessa data, algum outro colega, nomeadamente o signatário, poderia dar-lhe as informações de background que tivesse e verificar também a disponibilidade de falar com o Sr. Presidente.
 
A 03 de Janeiro, pelas 10:30, fui contactado telefonicamente pela referida jornalista, que me questionou sobre a aprovação do orçamento. 
 
Ao iniciar-se o diálogo, NUNCA, por momento algum, a Senhora Jornalista me questionou se poderia gravar a conversa ou citar alguma palavra ou frase proferida durante a mesma. Para mim, sempre se tratou de uma mera conversação cordial e INFORMAL, apenas para transmitir à jornalista um enquadramento sobre as questões, que ela teria posteriormente de avaliar e de confirmar em conversa com o Sr. Presidente da Câmara. 
 
Sou, desde o dia 01 de Outubro de 2011, funcionário do Gabinete de Comunicação da Empresa Municipal, Ambiolhão. Desde sempre existiu uma ligação estreita entre os Gabinetes de Comunicação – Ambiolhão e Câmara Municipal – porquanto entenderam as chefias ser necessário, oportuno e de uma mais-valia para ambos. De há uns meses a esta parte, e por baixa de parto da funcionária referida no ponto Um, passei a ter uma colaboração mais direta e efetiva no GRP da CMO, razão de ter, à data de hoje, dialogado com a Sra. Cecilia.
 
Nunca, em momento algum, e tendo total consciência da minha posição laboral, iria prestar declarações em nome de um Gabinete para o qual não trabalho diretamente e, muito menos sem a aval do(s) meus superiores hierárquicos.
 
Às questões levantadas, teve o signatário a delicadeza de explicar o que se tinha passado na Assembleia Municipal do dia 30 pp. Tendo a jornalista demonstrado, durante essa conversa informal, total desconhecimento sobre a composição dos órgãos municipais, nomeadamente vereadores nas reuniões de Câmara e deputados na Assembleia Municipal, bem como sobre o concelho de Olhão (politicamente falando), fui, sem qualquer receio, informando e explicando o que sabia e podia. 
 
Mais uma vez reitero que NUNCA em momento algum, a referida jornalista me informou que estava a efetuar uma entrevista, que supostamente estaria a gravar ou que me iria citar no artigo que estava a escrever.
 
Mais informo que, no final da conversa, sugeri que, estando já a jornalista ao corrente de alguns detalhes e enquadramento sobre a reunião, deveria falar com o Sr. Presidente. Disse que sim, porém avançava já com a notícia e que posteriormente faria uma adenda com as declarações que recolhesse.
 
 Por se tratar de uma conversa informal com a Sra. Jornalista, conforme se pode depreender do explicado/referido no ponto 5, 6 e 7, e que acontece diariamente entre jornalistas e gabinetes de comunicação em todas as Câmaras Municipais, não teve o signatário o cuidado de escolher palavras ou frases, limitando-se a transmitir de uma forma simples o que entendeu necessário para uma análise dos acontecimentos e posterior entrevista com o Sr. Presidente.
 
Como também é do conhecimento da classe jornalística, somente fala em nome da Autarquia (CM) o Sr. Presidente, o seu Chefe de Gabinete ou em quem ele delegar. O Gabinete de Relações Públicas e Comunicação somente faculta dados, informações concretas e nunca opinativas.
 
Assim, e em face do exposto, vem o signatário reiterar o comportamento pouco ético da Jornalista que utilizou algumas palavras e frases no decorrer de uma conversa COMPLETAMENTE INFORMAL e colocou-as fora do contexto, dando-lhe um significado que, felizmente, estou crente que a maioria dos leitores entenderam ser falso ou não correspondendo ao encadeamento das questões tratadas.
 
Por ser verdade e entender ter o direito de honrar o meu bom nome perante utilização abusiva de afirmações sem o meu consentimento, para além do já explicado, agradeço a todos a publicação deste comunicado.
 
Jorge Miguel Tavares
Funcionário do Gabinete de Comunicação