Política

Autárquicas:Candidatos à Câmara de Tavira querem mais e melhor investimento na cultura

 
Segundo nota da ACRAL, o atual presidente da Câmara de Tavira e recandidato ao cargo pelo PS considera a cultura como um vértice “fundamental” para o desenvolvimento do concelho, mas não faltam reparos à atuação do executivo naquele domínio.

 
“O património existente tem potencialidade para colocar Tavira na rota das cidades-património, mas é mal explorado – são pérolas por polir”, disse o candidato do BE, José Manuel do Carmo, terça-feira, 26 de Setembro, durante o terceiro debate sobre as eleições autárquicas promovido pela ACRAL e pelo Canal Algarve, dando como exemplo os vestígios fenícios existentes.
 
O candidato do CDS, João Carvalho, lamentou o “desinvestimento” na Biblioteca Municipal e defendeu uma maior ligação entre as escolas e as associações culturais do concelho.
 
Elsa Cordeiro, candidata à presidência da Câmara pelo PSD, lamentou a falta de informação sobre o “modelo de gestão” do futuro Cineteatro António Pinheiro, assim como do local onde o Cineclube de Tavira “irá projetar os seus filmes”
 
“Entregaram agora um espaço à Armação do Artista mas se os elementos da associação quiserem lá fazer alguma coisa não têm luz não têm nada - é uma falta de respeito”, considerou, por seu o turno, o candidato do movimento Nós Cidadão, Carlos Nunes
 
Miguel Cunha, candidato da CDU, defendeu a criação de ateliers culturais no casco velho da cidade, onde artistas de várias proveniências se pudessem fixar, assim como a atribuição de bolsas de estudo aos autores dos melhores trabalhos ali desenvolvidos.
 
Jorge Botelho, caso seja reeleito, quer ter uma “oferta cultural de base local” e promete geminar Tavira com Glasgow, cidade onde Álvaro de Campos «nasceu», reforçando a ligação da cidade ao heterónimo de Fernando Pessoa, não só com esse gesto mas também através da criação de referências “a nível da estatuária”.
 
Noutras áreas, a CDU quer reforçar o financiamento do Centro de Experimentação Agrária de Tavira e requalificar algumas escolas do concelho; o BE pretende desenvolver um programa de habitação social e um projeto global de desenvolvimento do desporto; o CDS promete “tudo fazer” para evitar a construção de uma nova ponte no rio Gilão e propõe deslocalizar o centro coordenador de transportes e criar no local um espaço verde; enquanto o movimento Nós Cidadãos defende a requalificação da Lota de Santa Luzia em detrimento da de Tavira e o polvo como símbolo associado ao concelho.
 
Para o PS, as prioridades são a criação de emprego, em todos os setores de atividade, a requalificação do concelho e a valorização do território, enquanto o PSD promete voltar a fazer um protocolo com a administração central para a descentralização de competências na área da educação, assim como oferecer livros escolares até ao 12º ano.