Política

BE defende Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul na esfera pública

 
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda apresentou um Projeto de Resolução recomendando ao Governo manter o Centro de Medicina Física e de Reabilitação (CMFR) do Sul na esfera pública, dotando-o de autonomia e com os recursos humanos, técnicos e financeiros necessários ao seu pleno funcionamento.

 
No documento entregue esta sexta-feira na Assembleia da República, os deputados do Bloco reafirmam que a solução para o CMFR do Sul está além de questões organizativas mas sim pela necessidade de garantir que esta unidade de saúde, considerada de excelência, mantêm-se na esfera pública com total autonomia administrativa e financeira, e também com a contratação dos profissionais em falta - médicos, enfermeiros, técnicos operacionais, entre outros - permitindo um total funcionamento assegurado pela estabilidade das equipas.
 
Os parlamentares do Bloco lembram que ao longo dos últimos anos o CMFR do Sul tem vindo a deparar-se com dificuldades no seu funcionamento, sobretudo relacionados com a falta de profissionais.
 
Os deputados lembram que ainda recentemente a Comissão Parlamentar de Saúde visitou o CMFR do Sul, tendo constatado várias dificuldades, entre as quais o registo de que apenas 50% da capacidades de camas instaladas para internamento estar a ser utilizada devido à falta de profissionais, e, também por insuficiência de recursos humanos, o serviço de ambulatório apresentar várias restrições, situação que prejudica os utentes que estão a ser acompanhados pelo centro como inviabiliza o acolhimento de novos doentes, situação que tem aumentado a considerável lista de espera para internamento.
 
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda diz que questionou o Ministério da Saúde sobre a saída de 18 profissionais, entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, os quais não vieram a ser substituídos por falta de autorização da tutela para contratação de novos trabalhadores, situação levou a que a instituição, onde antes não havia listas de espera, ficasse com 27 doentes a aguardar tratamento e levasse a uma redução de 30% na capacidade de resposta em ambulatório. Toda esta conjuntura levou a que o referido Centro deixasse de ser acreditado pela Comission on Acreditation of Rehabilitacion Facilities, uma organização norte-americana que avalia as boas práticas no que respeita à reabilitação, acreditação que foi perdida. 
 
Os graves problemas que afetam atualmente o CMFR do Sul, com falta de financiamento adequado e falta de médicos e de outros profissionais, têm origem no anterior governo PSD/CDS, que não tomou as medidas necessárias e adequadas, conclui o Grupo Parlamentar.
 
Algarve Primeiro