A ARS Algarve fez um balanço do reforço e da capacidade de resposta dos cuidados de saúde de proximidade na região.
O ciclo de requalificação e desenvolvimento da estrutura dos Cuidados de Saúde Primários iniciado em 2017 no Algarve, contempla um investimento total no valor de cerca de 3 milhões euros, dos quais aproximadamente 50% estão atualmente em curso e/ou concretizados.
Atualmente cerca de 84% da população do Algarve já tem médico de família atribuído. A taxa de cobertura da população por médico de família, tem evoluído de forma consistente: de 58,9% em 2013 para 83,9% em 2017.
Das principais medidas implementadas no primeiro semestre de 2017 a Administração Regional de Saúde do Algarve, destaca a reabertura dos Polos de Saúde de Bordeira da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Faro (que se encontrava encerrado desde 2015) e do Polo de Azinhal da Unidade de Saúde Familiar Beasuris do concelho de Castro Marim (que se encontrava encerrado desde 2013), a criação de novas Unidades de Saúde Familiar com a nova USF em Faro - USF Ossónoba com abertura prevista para este mês, o inicio da construção de raiz do novo edifício para a USF Lauroé em Loulé, contemplando também a sede do ACES Central e Unidade de Cuidados Continuados Gentes de Loulé.
Também a abertura da segunda Unidade de Cuidados na Comunidade no ACES Barlavento: a Vicentina de Vila do Bispo abrangendo cerca de 5500 utentes.
Está previsto a abertura de mais duas Unidades de Cuidados Continuados na zona do ACES Barlavento ainda este ano, uma em Aljezur e outra em Monchique, a reabertura do Pólo de Saúde de Vaqueiros, num protocolo de colaboração com Câmara Municipal de Alcoutim para a reconversão do edifício da antiga escola primária de Vaqueiros em unidade de saúde, com vista à reabertura da Extensão de Saúde local, encerrada em outubro de 2013.
A ARS destaca ainda as obras em curso nos Centros de Saúde de Lagos e de Vila Real de Santo António, num investimento total de aproximadamente de 335 mil euros, (Centro de Saúde de Lagos, cerca de 185 mil euros, e no Centro de Saúde de Vila Real de Santo António, cerca de 150 mil euros).
A inovação do Programa Regional de Rastreio do Cancro da Mama com uma nova Unidade Móvel da Associação Oncológica do Algarve do Rastreio do Cancro da Mama com Tomossíntese e diagnóstico assistido por computador, única a nível nacional e europeu, tornando o Algarve a primeira região do País a realizar rastreios com esta tecnologia de última geração.
O lançamento do projeto-piloto do Rastreio do Cancro do Colon e Reto na região, abrangendo cerca de 7 mil utentes da Unidade de Saúde Familiar Ria Formosa, em Faro, e da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de São Brás de Alportel, estando previsto o seu alargamento no início de 2018 a todas as unidades de cuidados de saúde primários do Algarve, abrangendo cerca de 140 mil utentes.
A convocatória, referenciação, gestão e monitorização do programa é efetuada pelo Núcleo de Rastreios Oncológicos da ARS Algarve e a leitura dos testes pelo Laboratório Regional de Saúde Publica do Algarve, Dra. Laura Ayres, um projeto que vai ser implementado pela ARS Algarve, em parceria com o Centro Hospitalar do Algarve, utilizando um sistema de informação desenvolvido internamente pelo Núcleo de Sistemas de Informação e Comunicação da ARS Algarve, cuja plataforma se encontra disponível para os profissionais das unidades de saúde da região.
O protocolo de cooperação com as autarquias de Loulé e São Brás de Alportel para promoção de Rastreios de Acuidade Visual na Infância, onde todas as crianças integradas no ensino Pré-escolar e Primeiro ciclo do concelho de São Brás de Alportel e do Pré-escolar da rede pública e solidária do concelho de Loulé, assim como, os jovens até ao ensino secundário com situações detetadas ou sinalizadas pelos professores vão ter acesso ao rastreio promovido pela Administração Regional de Saúde do Algarve em parceria com as Câmaras Municipais de Loulé e São Brás de Alportel.
Após a deteção precoce, as crianças, em caso de necessidade, serão referenciadas para a consulta de oftalmologia da unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve para confirmação do diagnóstico e o respetivo tratamento.
O projeto-piloto de realização de espirometrias nos Centros de Saúde para diagnóstico precoce das Doenças Pulmonares Obstrutivas Crónicas, pelo que as unidades de Cuidados de Saúde Primários estão dotadas de equipamentos para fazerem exames de espirometria à população.
O protocolo de cooperação – Projeto Algarve Coração Seguro, envolvendo várias entidades que garante a promoção da realização de ações de formação em Suporte Básico de Vida, e Desfibrilhação Automática Externa, destinadas a operadores turísticos, hoteleiros, espaços comerciais e públicos, com vista a dotar e reforçar a capacidade de resposta dos profissionais da área do turismo e das diversas unidades hoteleiras da região para a prestação de primeiros socorros em situações de emergência.
A ARS destaca também a renovação do parque de hardware em toda a região, o lançamento da experiência do projeto-piloto Tele Saúde, no âmbito da aposta na Telemedicina, a implementação da receita sem papel em toda a região, com prescrição eletrónica de medicamentos, o novo sistema de monitorização de temperatura e humidade, permitindo monitorizar, através de acesso remoto, as condições de temperatura dos medicamentos e vacinas, a aquisição de software de análises clinicas para o Laboratório Regional de Saúde Pública do Algarve, Dra. Laura Ayres e o reforço em 2017, nos cuidados de saúde de proximidade com a participação da ARS Algarve em protocolos com as autarquias para a disponibilização de unidades móveis de consultas ao domicílio, estando em curso a aquisição de 10 unidades móveis através de um projeto financiado pelo Portugal 2020, em colaboração com a CCDR Algarve, a AMAL e vários municípios.
