Sociedade

Ambiolhão tranquiliza população sobre reservatório da Zona Baixa

 
 
A empresa municipal reforça que, “não existe qualquer risco”.

 
Na sequência de alguns pedidos de esclarecimento de munícipes recebidos por parte da Câmara Municipal de Olhão no que diz respeito a alegados danos no reservatório de água da Zona Baixa, situado no Bairro 8 de Outubro, o Algarve Primeiro falou com António Miguel Pina, que disse compreender “os anseios da população que, desconhecendo o que se está a passar, possa ter algumas reticências face às fissuras visíveis no depósito”.
 
Nas mesmas declarações, o presidente da autarquia clarificou que, “temos estado a acompanhar a situação muito de perto”.
 
Em comunicado a Ambiolhão - Empresa Municipal de Ambiente de Olhão, esclareceu esta tarde que, “o reservatório tem cerca de 70 anos e, ao longo destas 7 décadas, têm sido desenvolvidos alguns trabalhos de manutenção”.
 
O mesmo documento nota que, “as necessidades de intervenção estão identificadas, quer ao nível da manutenção da componente hidráulica (tubagens e acessórios), quer ao nível da estrutura do reservatório (cuba)”.
 
A Ambiolhão “definiu como prioritária a intervenção na componente hidráulica do reservatório, por ser aquela que apresenta maiores necessidades de remodelação e reparação”.
 
Para este efeito, “através de processo de Concurso Público”, foi adjudicado à Hubel Indústria da Água e Obras Públicas, S.A. a empreitada de “remodelação da componente hidráulica do reservatório”. 
 
O mesmo comunicado sublinha que, “os trabalhos desta empreitada estão em curso, e englobam a substituição integral de todas as tubagens e acessórios no interior do reservatório (condutas adutoras e distribuidoras)”. 
 
Estes trabalhos “revestem-se da maior importância para o sistema de abastecimento de água à cidade de Olhão”, permitindo substituir tubagens antigas “cujo período de vida útil já se encontra ultrapassado, o que constituirá um garante do bom funcionamento deste sistema”. 
 
A Ambiolhão revela que, “o custo previsto desta empreitada ronda os 74 mil euros”.
 
No âmbito desta empreitada, “foram já colocadas as tubagens provisórias (visíveis no exterior do reservatório), que permitem assegurar o abastecimento de água enquanto decorrem os trabalhos de substituição das tubagens no interior do reservatório”.
 
Adianta o mesmo comunicado que, “numa 2ª fase, está prevista a intervenção ao nível do reservatório, para reparação e conservação da cuba”.
 
Note-se que, “nestas últimas semanas, a situação da cuba sofreu um ligeiro agravamento, verificando-se a escorrência de água em alguns pontos”.
 
A Ambiolhão esclarece que, perante tal situação, “foi solicitada uma intervenção de peritagem ao Eng. Carlos Martins, especialista em Estruturas, professor do Departamento de Engenharia Civil do Instituto Superior de Engenharia da Universidade do Algarve, que foi realizada na passada sexta feira, dia 23 de junho, com o objetivo de avaliar as condições estruturais do reservatório (o que também já havia sido efetuado anteriormente por outra entidade) e determinar as medidas a adotar de imediato”.
 
Segundo a informação técnica apresentada “as fugas de água que se registam no reservatório, devem-se a fissuras horizontais que se localizam nas zonas de ligação entre diferentes betonagens,  fissuras que não são devidas a esforços/tensões, pelo que não deverá existir risco de colapso e muito menos da estrutura que o suporta”.
 
Sendo a natureza das fissuras e a origem das fugas de água maioritariamente por escorrência, a Ambiolhão destaca que “será possível proceder à sua selagem com o depósito em pleno funcionamento, de acordo com as recomendações emanadas na referida informação técnica, pelo que foram adjudicados os trabalhos de reparação e selagem das fissuras, prevendo-se que estes decorram ainda durante esta semana”.
 
Como conclusão, a empresa municipal reforça que, “não existe qualquer risco”.