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Alimentos que não deve consumir

Foto: Freepik
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Na posição dos especialistas na área da nutrição, existe uma gama de alimentos que não deve fazer parte da dieta diária devido aos riscos para a saúde que acarreta.

No topo da lista estão as tais “refeições rápidas e práticas” que, quando consumidas com regularidade, aumentam o risco de  desenvolvimento de certas patologias, tais como a diabetes, doenças cardiovasculares, digestivas, obesidade, alergias alimentares, podendo ainda estar na génese de diversos tipos de cancro.
 
Na prática, o alerta dos especialistas vai para os produtos processados que perdem os seus nutrientes naturais durante o processo de transformação. Além disso, são acrescentados ingredientes durante a sua produção. Sal, açúcares, corantes, conservantes, emulsionantes e gorduras são apenas alguns, pelo que devem ser ingeridos de forma muito pontual e doseada, alertam os mesmos entendidos.
 
Em resumo, são alimentos de fácil preparação, com aditivos químicos (que alteram os sabores, cores, a textura, etc.) e cujo período de consumo (o prazo de validade) é muito longo.
 
Dentro do universo dos alimentos processados, existem vários tipos e o mais preocupante do ponto de vista de saúde são os produtos ultraprocessados. Estes têm por base substâncias processadas extraídas de alimentos integrais, tais como óleos e gorduras hidrogenadas, farinhas e amidos, variantes de açúcar e restos de alimentos de origem animal. A sua composição nutricional oferece uma grande quantidade de energia, mas também uma elevada carga glicémica (uma elevada percentagem de açúcar no sangue). Também são pobres em fibra – essencial para um adequado funcionamento do intestino, bem como o aumento da saciedade, eliminar toxinas, diminuir o colesterol e triglicéridos – e nutrientes, explicam os nutricionistas.
 
Em entrevista à E-Konomista, Maria João Cunha aconselhou a que os consumidores verifiquem sempre o rótulo dos alimentos e que não comprem aqueles que contêm nomes que não conhecem.
 
Disse ainda para moderar o consumo de alimentos com altos níveis de gordura, óleos, sal, açúcar e sacarose; ter cuidado com o aspartame, glucose, dextrose, sacarose, frutose, maltose ou xarope de glucose (todas são formas de açúcar) e alertou ainda para que se evitem alimentos com muitos lípidos, ou seja, gorduras, privilegiando os produtos com baixo teor de gorduras saturadas.
 
A nutricionista alertou ainda para os perigos inerentes aos produtos com mais de 1,5g de sal por cada 100g, e para que o consumidor veja sempre a data de validade, sem esquecer a composição do produto, já que, quanto menor for a lista de ingredientes, mais saudável será o alimento.
 
Maria João Cunha adiantou ainda alguns produtos ultraprocessados que devem ser evitados:
 
Refeições pré-confecionadas;
 
Batatas fritas e salgados;
 
Salsichas, chouriços e alheiras;
 
Refrigerantes;
 
Pães de forma e alguns cereais;
 
Frutas em calda ou cristalizadas.
 
No lote dos que se podem ingerir, mas também com “conta, peso e medida”, a mesma especialista recomenda:
 
Frutas e vegetais congelados;
 
Saladas ou legumes embalados;
 
Manteiga de amendoim, desde que seja 100% de amendoim;
 
Atum ou cavala enlatada, de preferência em água;
 
Bebidas vegetais sem açúcar.
 
Tendo todos estes pontos em conta, saiba que é ainda possível trocar alguns alimentos processados por opções mais saudáveis:
 
Cereais açucarados por aveia;
 
Pão de forma por pão fresco;
 
Alimentos enlatados por congelados;
 
Gomas e doces por chocolate com + de 70% de cacau;
 
Batatas fritas por palitos de batata doce confecionados no forno;
 
Açúcar por mel biológico, entre outros.
 
Fazer uma lista antes de ir às compras também ajuda a fazer melhores opções, sem esquecer que não se deve ir ao supermercado com fome, já que isso faz aumentar a “tentação” para comprar alimentos altamente calóricos e pouco saudáveis, evidenciam os especialistas.